Athletico e presidente são punidos por desafiar decisão da Justiça no Atletiba

A manutenção do polêmico esquema de “torcida humana” no clássico contra o Coritiba , apesar de liminar do Tribunal de Justiça Desportiva do Paraná (TJD-PR) contrária à aplicação do sistema na Arena da Baixada no jogo de 30 de janeiro, rendeu ao Athletico multa de R$ 200 mil. Já o presidente atleticano, Luiz Sallim Emed, foi punido com suspensão de 360 dias.

As sanções foram determinadas pela 1.ª Comissão Disciplinar do TJD-PR, na noite da última segunda-feira (25). O Furacão também pode recorrer. Procurador-geral do Tribunal, Pedro Henrique Val Feitosa explica que o órgão recorrerá da decisão, pedindo o aumento das multas do Athletico e punição com multa também para Sallim.

“Foi aplicada multa de R$ 50 mil para cada infração do Athletico. A procuradoria entende que pela gravidade da conduta em desrespeitar decisão do presidente do TJD, a pena tem que ser a máxima prevista no CBJD para cada conduta”, explica Val Feitosa.

Ou seja, a multa ao Athletico pode saltar para R$ 400 mil, caso o recurso da procuradoria seja bem sucedido. “Além do aumento das multas aplicadas ao Athletico, a procuradoria pedirá que o presidente [Sallim Emed] também seja apenado em multa”, reforça Val Feitosa.

O clube foi denunciado por quatro infrações: não disponibilizar 10% da carga de ingressos do Atletiba para a torcida do Coritiba; não disponibilizar cinco pontos físicos de vendas de ingressos; não separar setor exclusivo aos coxas-brancas na Baixada; e não permitir que torcedores do Coritiba entrassem no estádio com camisas do próprio clube.

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Relembre o caso

O TJD determinou que o Athletico tinha até às 21 horas de 29 de janeiro para cumprir a liminar que derrubava o sistema de “torcida humana” no Atletiba. O Furacão ignorou completamente a decisão do presidente do TJD, Adelson Batista, e por isso foi denunciado, assim como presidente Luiz Sallim Emed.

Presidente do Coritiba, Samir Namur comparou a “torcida humana” do Furacão com uma “ditadura fascista”. Já os jogadores coxas-brancas entraram em campo com as frases: “Torcida humana: mais uma falácia” e “Torcida humana: ideia Pathetica” estampados na camisa.

Sugerido pelo Ministério Público do Paraná (MP-PR) e endossado apenas pelo Athletico, o sistema consiste em não separar a torcida visitante da torcida mandante nos jogos da Baixada, além de não permitir que visitantes vistam as cores e adereços do próprio clube no estádio.

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