“Eu tenho certeza que a gente vai ganhar lá”. A frase motivadora em formato de profecia do técnico Tiago Nunes após a derrota por 1 a 0 para o Boca, quarta-feira (24), na Arena da Baixada, será colocada à prova diante do retrospecto implacável do time argentino na história da Libertadores.
TABELA: veja o chaveamento completo do mata-mata da Libertadores
O Athletico é o 19.º brasileiro com a tarefa de eliminar os xeneizes em um mata-mata da disputa. Para avançar, terá de vencer por dois gols de diferença na Bombonera — ou por um gol a partir de 2 x 1 em diante, pois o tento fora de casa vale como desempate. Vitória do Furacão por 1 a 0 leva para os pênaltis.
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A classificação seria histórica: todas as vezes que os argentinos de azul e amarelo bateram um adversário como visitantes na ida de um confronto eliminatório de Libertadores, confirmaram a classificação na volta na Bombonera.
Nos 18 embates anteriores com o Boca, somente três brasileiros obtiveram sucesso: em 1963, o Santos de Pelé e Coutinho venceu na final; em 2008, o Fluminense eliminou os gringos na semifinal; e, em 2012, o Corinthians de Tite sagrou-se campeão em cima do Boca de Julio César Falcioni.
Destes confrontos, entretanto, somente o Peixe venceu sua partida fora. Flu e Timão empataram na Bombonera e venceram em casa. No total, o Boca fez 283 jogos de Libertadores: 150 vitórias, 70 empates e 63 derrotas. Na Bombonera, foram 141 confrontos: 98 triunfos, 30 empates e apenas 13 derrotas.
Bombonera impenetrável
Em 18 duelos, somente duas vezes um time brasileiro saiu do mítico estádio xeneize vitorioso: o Santos de Pelé e Coutinho venceu por 2 a 1 fora de casa diante de 50 mil argentinos na finalíssima de 1963; na ida, já havia emendado um 3 a 2 no Maracanã para encaminhar o título.
A segunda foi quase surreal: em 2003, o azarão Paysandu venceu por 1 a 0 na casa do Boca e entrou para a história. Na volta, os argentinos golearam por 4 a 2 e avançaram para as quartas. Fora isto, foram 11 vitórias e cinco empates do Boca contra brasileiros em matas-matas na Bombonera.
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Vitória no primeiro jogo e eliminação
Somente uma vez em toda a história da Libertadores o Boca venceu a partida de ida de uma eliminatória, mas acabou eliminado na volta — desafio que o Furacão terá de enfrentar agora.
Em 1991, os argentinos venceram o Colo Colo em casa, mas foram derrotados por 3 a 1 no Chile e eliminados na semifinal fora de casa. Por outro lado, todas as vezes que o Boca venceu na ida fora de casa, assim como fez na Baixada, acabou confirmando o triunfo na Argentina.
(Quase) inspiração
Em 2001, os mexicanos do Cruz Azul enfrentaram na final daquela edição a mesmíssima tarefa que aguarda o Furacão em 2019. Após perder por 1 a 0 no México, na ida, o Cruz Azul venceu por 1 a 0 na Bombonera. Nos pênaltis, entretanto, título do Boca.
Eliminações em casa
Considerando todos os matas-matas do Boca na Bombonera, somente quatro vezes o time foi eliminado com revés diante da própria torcida. Além do já citado Santos em 1963, em 1989, o Olímpia-PAR venceu nas oitavas de final. Após perder no Paraguai por 2 a 0 na ida, o Boca fez 5 a 3 na volta. Nas penalidades, 7 a 6 para os paraguaios.
Em 2009, foi a vez do Defensor-URU calar a Bombonera: após empate por 2 a 2 na ida, os uruguaios fizeram 1 a 0 na volta e avançaram para as quartas de final. Já em 2016, o Independiente del Valle-EQU venceu por 3 a 2 o jogo de volta na Bombonera, após já ter batido o Boca por 2 a 1 dentro de casa.
Próximos jogos do Athletico:
Cruzeiro x Athletico – 27/7 – 19h – Brasileirão
Boca Juniors x Athletico - 31/7 - 21h30 - Libertadores
Shonan x Athletico - 7/8 - 07h - Copa Suruga
Botafogo x Athletico - 11/8 - 16h - Brasileirão
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