Na semana passada, fotos de funcionários do Athletico retirando cadeiras do setor Buenos Aires Superior da Arena da Baixada circularam em redes sociais, agitando torcedores do clube. Sinal de que o local poderia permanecer sem assentos, em uma eventual aproximação da diretoria com a torcida organizada?
A resposta é simples: não. O clube está apenas substituindo o modelo dos assentos, conforme confirmou a reportagem. O antigo, utilizado na primeira versão da Arena, será trocado por um exemplar rebatível, assim como já existe na parte 'moderna' do estádio. O planejamento, aliás, é deixar toda a Arena com cadeiras do novo modelo. Porém, essa substituição será feita aos poucos.
A Gazeta do Povo não conseguiu confirmar, contudo, se as novas cadeiras seguirão sendo fornecidas pela empresa Kango Brasil, da qual Mario Celso Keinert Petraglia, filho do presidente do Conselho Deliberativo do clube, Mario Celso Petraglia, é sócio-diretor.
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Procurado, Keinert Petraglia não quis comentar o assunto. "Infelizmente, não posso responder suas perguntas, favor solicitar ao clube suas informações. Peço desculpas pelo inconveniente", escreveu o empresário, em mensagem via WhatsApp.
"Desculpe, mas nesse caso não posso ajudar, pois nunca nos pronunciamos sobre os assuntos de nossos clientes", completou.
A reportagem solicitou informações ao clube por e-mail, mas não obteve resposta.
De acordo com o Profut, programa de refinanciamento da dívida dos clubes, do qual o Athletico faz parte, o clube não poderia “celebrar contrato com empresa que tenha como dirigente seu cônjuge ou companheiro, ou parente, em linha reta, colateral ou por afinidade, até o terceiro grau”.
O fornecimento de cadeiras foi um dos pontos mais polêmicos da reforma da Arena para o Mundial. Em agosto de 2012, o clube fechou, por R$ 12,3 milhões, um contrato para a realização do serviço com a Kango. Outras duas propostas, ambas com valores menores, foram descartadas. A justificativa foi de 'critério técnico e melhor relação entre qualidade e preço'.
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A contratação da empresa motivou denúncia do então vice-presidente jurídico, Cid Campelo Filho, e questionamento na Assembleia Legislativa do Paraná, mas acabou mantida e cumprida. Na época, o clube também contratou os serviços do arquiteto Carlos Arcos, primo de Petraglia e autor do projeto do estádio.
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