Sem opositores na eleição, Mario Celso Petraglia será aclamado presidente do Athletico neste sábado (14), com mandato até o fim da temporada 2023.
Após promover recentes — e fortes — mudanças institucionais no Furacão, incluindo uma nova identidade, Petraglia viu o time vencer duas de suas três principais taças em menos de um ano.
O homem-forte do Athletico, no entanto, tem vários desafios para continuar subindo o patamar do clube. Confira a lista abaixo:
Títulos
As conquistas da Sul-Americana 2018 e da Copa do Brasil 2019 não deixaram dúvida: o projeto liderado por Petraglia, que retornou ao clube em 2012, começou a colher frutos dentro de campo.
Agora, o desafio é continuar a disputar taças relevantes todos os anos, e é natural que a cobrança seja cada vez maior. O grande objetivo é vencer o Mundial de Clubes, mas com 60% do elenco formado no CT do Caju.
A estratégia para chegar lá está definida e consiste em produzir cada vez mais jogadores de qualidade no CT do Caju e mantê-los no clube pagando salários competitivos. Para o plano funcionar, outro ponto é fundamental: investimento.
Clube-empresa
Petraglia sempre vislumbrou transformar o Athletico em uma empresa. Tanto que o clube sempre se destacou por sua organização profissional e hoje está pronto para dar o próximo passo.
Falta, apenas, a aprovação da nova lei de clube-empresa — há projetos tramitando na Câmara e no Senado. Aprovar a mudança internamente, no Conselho Deliberativo, não será problema.
O maior benefício de abrir o capital é poder receber investimento externo. Assim, acredita Petraglia, o Furacão competiria igualmente com times de maior apelo no país.
"Temos ciência que o segundo [título mundial] só é possível se conseguirmos fazer o primeiro [clube-empresa]. É impossível ter uma geração inteira sendo revelada para atingir seis e sete jogadores da base no elenco. Então, temos que conseguir manter os melhores jogadores, com salários competitivos e atrativos para que possam ficar. Aí você vai acumulando uma geração atrás da outra para atingir o objetivo", explicou o diretor-geral de futebol do clube, Paulo André.
Arena da Baixada
Não há dúvida que a inauguração da Arena da Baixada, em 1999, impulsionou o desenvolvimento do Athletico. Dois anos depois, o clube foi campeão nacional, por exemplo.
Veio a Copa do Mundo e o estádio foi reformado. As mudanças colocaram o Joaquim Américo entre os mais modernos do mundo, com teto retrátil e grama sintética de última geração. Ficou uma interrogação. E a conta?
Quase seis anos depois dos quatro jogos do Mundial, o clube a prefeitura de Curitiba ainda brigam na Justiça. O Athletico quer dividir o valor total da obra em três partes (contando o Estado). A prefeitura não concorda e diz que o valor a ser dividido é o do orçamento inicial (R$ 184 milhões).
Resolver o assunto, de uma vez por todas, é essencial para o futuro do clube. Hoje a dívida passa de R$ 500 milhões. O tema é central para todos os planos do Athletico. Um desafio que passa, também, pelo poder de negociação de Petraglia.
Sócios e relacionamento
Atingir 40 mil sócios. Uma meta traçada desde a reinauguração da Arena, mas nunca concretizada. Chegar ao número mágico, praticamente a lotação máxima do estádio, é outro desafio para a diretoria atleticana até 2023.
O clube tem tentado estreitar o relacionamento com a torcida nos últimos tempos, até usando a boa fase da equipe como trunfo. Mas não é possível negar que esse é um aspecto que ainda precisa melhorar muito na atual gestão.
Além de representar uma importante fonte de receita, os sócios (e a torcida em si) também são um ganho técnico para a equipe. A Baixada cheia impulsiona o Furacão, cria um ambiente hostil aos adversários.
Se conseguir desenvolver esse aspecto, assim como já melhorou sua comunicação nas redes sociais, o Rubro-Negro tem um trunfo importante para seguir seu projeto.
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