Athletico e Fomento Paraná voltam a discutir, a partir desta sexta-feira (6), a questão da dívida da Arena da Baixada. As negociações haviam sido interrompidas em março por causa da pandemia do novo coronavírus.
O clube tenta um acordo para pagar os R$ 291 milhões emprestados para a reforma do estádio para a Copa do Mundo de 2014. Atualmente, com encargos, multas e juros, o débito já ultrapassa R$ 600 milhões. No ano passado, o clube apelou contra a execução imediata da dívida.
A reportagem apurou que o Athletico já fez uma proposta de entrada, mas ainda discute a retirada de multas e encargos, além de maneiras de parcelamento. O pagamento, no entanto, está diretamente ligado a um acordo com a prefeitura de Curitiba e o governo do Paraná quanto ao acordo tripartite.
A diretoria do Furacão defende a tese de que é responsável por apenas um um terço do custo total da obra para a Copa, finalizada por R$ 342.645.053,24 de acordo com a Fundação Getúlio Vargas.
O município, por outro lado, entende que a divisão correta é a do valor que consta no aditivo do convênio: R$ 184,6 milhões. O motivo alegado diz respeito, principalmente, ao fato de o incremento no orçamento não ter seguido todos os trâmites legais. Já o governo estadual, em sua gestão anterior, se posicionou pela divisão igualitária do total da reforma do estádio.
Até o fim das eleições, a questão fica em compasso de espera, já que não haverá nova conversa entre Athletico e município. Enquanto isso, o clube pretende avançar na mediação feita com a Fomento e, de certa forma, também pressionar a prefeitura por um acordo.
Procurado, o advogado que representa o Athletico, Luiz Fernando Pereira, não quis comentar o tema. A Fomento, como de praxe, não discute assuntos judicializados.