Na madrugada de sábado para domingo (3) a ESPN Brasil transmitiu o programa Bola da Vez com o presidente do Conselho Deliberativo do Athletico, Mario Celso Petraglia. Em uma entrevista de mais de uma hora, o dirigente falou sobre diferentes assuntos.
Um deles é a venda dos direitos de transmissão para a televisão aberta e pay per view no Brasileirão de 2019. Petraglia admitiu que a negociação está parada e que a chance de não ter Furacão na tv aberta neste ano é grande.
A mudança de nome, símbolo e uniforme também foi tratada. Segundo o dirigente, a possibilidade de mudança do cor foi só um “bode na sala”. “Você tira o bode e todo mundo fica feliz”.
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Veja abaixo em tópicos alguns dos assuntos tratados por Petraglia:
NEGOCIAÇÃO COM A TV E COMO FICA O TORCEDOR
“A negociação está parada. Não vai passar na tv aberta e no pay per view. Eu tenho que pensar na justiça da minha instituição, o torcedor tem que fazer a sua parte, não é obrigação exclusiva do dirigente.
Hoje o contrato com a tv aberta é de 500 milhões, fechada de 600 milhões, e pay per view de 650 milhoes. No pay per view o Flamengo ganha R$ 120 milhões, o Corinthians R$ 120 milhões e o Athletico R$ 6 milhões. Isso não aceitamos”.
PABLO E RIVALIDADE COM O SÃO PAULO
“Chorei como torcedor [em negociar o Pablo com o São Paulo], mas o Pablo foi resolver sua vida. Estava há 12 anos conosco.
Dinheiro não tem rivalidade. Já passou a bronca com São Paulo. O Juvenal Juvêncio [ex-presidente do time paulista] deve estar ardendo no inferno por ter pego na mão grande o Dagoberto e nos tirado da nossa casa na final da Libertadores”.
MUDANÇA DE NOME, DE COR...
“Eu nunca pensei em mudar a cor. Aquilo foi o bode, você tira o bode da sala, e todo mundo fica feliz.
Eu não disse que mudaria, deixei no ar a possibilidade, nós precisávamos da mudança. Queremos uma identidade própria porque temos a pretensão de ser internacional.
O Athletico é uma recuperação da história. Queremos resgatar o h. Atlético no Brasil, está na cabeça de todos nós, é o mineiro. O nosso nome é Paranaense, somos El Paranaense na América. Nós resgatamos o h , agora sabem que somo nós”.
FERNANDO DINIZ
“O Fernando Diniz criou um sistema mais eficaz, essa era a proposta. Começou a não ir bem, e a pressão interna, dos sócios, dos conselheiros, da torcida, da imprensa... Conversamos, ele continuou conosco, deu tempo para fazer estágio fora do país, voltar em 2019 e pegar o time sub-20 para depois subir. Infelizmente para nós e felizmente para ele o Fluminense veio atrás dele. Se não tivesse ido, estaria conosco.
Eu o teria mantido como técnico em 2018, mas ele disse para darmos um tempo. Mas as portas estão abertas”.
ÓDIO DA IMPRENSA
“Eu não digo que eu amo nem que eu odeio. Essa dualidade, esse amor e ódio não existe com a imprensa. Tem momentos que eu amo, tem momentos que eu odeio. Quando ocorrem fake news, versões da imprensa que se tornam verdade, isso me deixa muito triste. Mas não odeio não.
A mentira é o que mais me irrita. A imprensa que eu gosto é a que fala a verdade. Se tiver fundamento, mesmo sendo prejudicial, é um direito da imprensa comunicar. Mas quando distorce, inventa, cria...
A comunicação é difícil, o ser humano se comunica mal, as coisas são entendidas e não ditas. É um problema muito mais abrangente que não vai ser resolvido em 15 minutos”.
INJUSTIÇADO
“A minha “simpatia” pela imprensa, tem origem, tem fundamento. Na história não sei se tem algum ser que foi mais criticado, mais perseguido, mais injustiçado do que eu. Estou em confronto com o sistema desde 1997, quando criaram uma versão mentirosa que eu era comprador de árbitro e rebaixaram o nosso clube para a Segunda Divisão.
A imprensa, e a opinião pública me transformaram em um demônio. Como o tempo é o senhor da razão e nada do que me acusaram foi comprovado, ficou este estigma. E eu conflitando, o estigma vem, rotulo disso, rotulo daquilo. Eurico das Araucárias...
Eu sou tímido, não gosto de me expor, o entendimento é difícil, machucam sem intenção, generalizam.”
MELHOR DO BRASIL EM ESTRUTURA
“Hoje somos o oitavo clube no ranking nacional. Quando chegamos era o 36. Em estrutura, somos o primeiro. Longe. Nós somos ambiciosos, queremos que o projeto do Athletico sirva de modelo para o estado paranaense”.
AUSÊNCIA NA ELEIÇÃO DA CBF
“O que eu iria fazer na eleição para presidente da CBF? Eu tive uma conversa com o Rogerio Caboclo, ele me pediu voto, eu perguntei qual era o programa de gestão, ele disse que ia me passar e eu não tive as respostas. Ele é a favor da criação da liga dos clubes? Não. Então não tem o nosso voto. Além do mais, se tem o voto das 27 federações, não tem outra chapa, não tem eleição”.
ESTÁDIO LUCRATIVO
“Nós vamos transformar aquilo em um complexo de entretenimento, eventos, centro comercial, de serviço. Vamos construir um estádio para 35 datas para o ano com o futebol? Não tem sentido. Tem que ser uma arena multiuso.
Por que não aconteceu ainda? Pegamos a pior fase da história politica e econômica do Brasil. De 2012 a 2018, com crise política, econômica, moral e impeachment. Corrupção e crise moral no futebol. Nós continuamos crescendo com vento contrário”.
REALITY SHOW
“Vamos fazer rum programa de reality show na China, de jovens de 7 a 17 anos, o governo chinês está incentivando meninos e meninas a amarem o esporte, o futebol, para depois praticar. A expectativa deles é que 1 milhão de pessoas assistam pela televisão e 1 bilhão em streaming. As coisas mudaram”.
PREÇO DE INGRESSO
“Qual espetáculo ao vivo que é barato no mundo? O problema é cultural, temos que olhar mais para as causas não os efeitos. O culto é a vitória não é o esporte. Só vão na boa. Tivemos briga de pessoas quer queriam ir na final da Sul-Americana”.
ETERNO NO PODER
“Eu só voltei pelo projeto. Tinha contrato com a prefeitura, com o governo, tive que voltar em 2011 pra cumprir a minha palavra com prefeito e governador [para a reforma da Arena para a Copa do Mundo de 2014].
Estarei lá até blindar o projeto para ter segurança de não ir para casa e vir um aventureiro para estragar o projeto”.
GRAMADO SINTETICO
“Para nós é uma realidade, a Fifa aprovou, ela tem qualidade igual ao gramado bem tratado natural. Os gramados naturais no Brasil não têm o tratamento adequado. Os grandes estádios são públicos e os privados não tem dinheiro para gastar o que exige.
Nós temos uma necessidade física, além da necessidade dos eventos. Precisa de 6 a 8 anos trocar o gramado. A Fifa faz todo o ano a inspeção e te habilita”.
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