O Athletico suspendeu a parceria com a empresa de criptomoeda Inoovi após levar um calote. Segundo apurou a reportagem, a Inoovi não fez o pagamento ao clube de valores da moeda virtual previstos no contrato assinado em julho de 2018. O Furacão ainda não acionou judicialmente a empresa.
No site oficial do Athletico, não há mais nenhuma menção sobre o parceiro e ou algum tipo de marketing relacionado à IVI (nome da criptomoeda da Inoovi). No ano passado, o clube chegou a estampar a marca no uniforme em algumas partidas e em banners, o que já não acontece em 2019.
Já no site da empresa sediada em Hong Kong, o anuncio da parceria com o clube segue igual quando foi firmado, ainda utilizando o antigo escudo rubro-negro, e com fotos do presidente do Deliberativo, Mario Celso Petraglia, ao lado de Loic Lacam, presidente da Inoovi. Procurado para explicar mais detalhes, Petraglia não respondeu aos questionamentos. A Inoovi também não se pronunciou.
O Corinthians foi o outro clube brasileiro que fechou com a Inoovi, mas que rapidamente abandonou a parceria. Em março deste ano, o clube paulista anunciou a sua própria marca de criptomoeda, a “Timaocoin”.
Especialistas desconhecem moeda, que tem valor de dois centavos
Na época do anúncio, a parceria foi alertada por especialistas, que indicaram indícios de amadorismo no site da empresa, além do desconhecimento da IVI no mercado das criptomoedas mais utilizadas no mundo. Petraglia, por sua vez, pediu na apresentação que “a nação atleticana acredite e invista [na IVI] com seus recursos de poupança”.
O portal especializado Guia do Bitcoin fez um editorial avisando que os clubes poderiam ser vítimas de fraude da IVI. Desde então, especialistas mantém a mesma posição. “Qualquer um pode fazer um código e criar uma moeda virtual. Por isso é fácil dar um golpe nessa situação. Eu realmente nunca ouvi falar sobre essa criptomoeda e sigo sem saber nada sobre a mesma”, analisa Ezequiel Gomes, colunista do Guia do Bitcoin e especialista no mercado das criptomoedas.
Advogado especializado em direito digital, Márcio Stival também desconhece a parceira atleticana. “Sempre existe risco um clube ou qualquer instituição negociar com uma empresa desconhecida. A intenção desta empresa certamente foi se vincular aos clubes para valorizar. A junção entre clubes de futebol e as criptomoedas é algo muito novo, mas acredito que seja uma questão de fuga tributária, já que este tipo de transação não é rastreada pela Receita Federal”, explica.
Segundo os principais sites que medem a valorização de criptomoedas, a IVI sofreu uma queda brusca. Atualmente seu valor é de apenas dois centavos e o único período de alta foi quando firmou a parceria com o Athletico, quando chegou próximo de um real. Já a Bitcoin, criptomoeda mais valiosa do mundo, está cotada em R$ 15 mil.
Tabela da Libertadores 2019
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