O Athletico montou em 2019, no CT do Caju, uma pequena república argentina. Liderado pelo experiente volante Lucho González, o trio de hermanos do Furacão conta ainda com os recém-chegados meia Tomás Andrade, ex-River-Plate a Atlético-MG, e o experiente atacante Marco Ruben, ex-Rosario Central.
O trio terá a responsabilidade de defender o Furacão na Libertadores de 2019, além do Brasileirão, Copa do Brasil, Recopa Sul-Americana e Copa Suruga.
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O número é expressivo se considerarmos que, desde o início da era dos pontos corridos no Brasileirão, em 2003, apenas outros quatro atletas do país vizinho tentaram o sucesso na Baixada: os atacantes Javier Toledo e Federico Nieto e os meias Fernando Barrientos e Luciano Cabral. Nenhum, entretanto, emplacou.
Principal argentino a desfilar pelos campos paranaenses, o raçudo Eduardo Dreyer simplifica o desafio dos conterrâneos no futebol brasileiro. “Tem que se apresentar em campo, jogar e pronto. O resto é besteira”, certifica o ex-volante que disputou 132 partidas pelo Coritiba, com 17 gols, até hoje o estrangeiro com mais tentos pelo clube.
Revelado pelo River Plate, o implacável meio-campista ainda passou por Athletico, Londrina e Colorado. Até hoje, Dreyer reside em Curitiba. “O Lucho pode orientar os novos jogadores. Mas, jogador que é bom, não precisa nem de orientação. Ele já sabe. Eu penso desta maneira”, destaca o icônico argentino.
No histórico atleticano recente, Toledo e Nieto chegaram em 2010. O primeiro disputou oito partidas, antes de deixar o clube, sem gols. O segundo ficou três temporadas no Athletico. Em 35 jogos, fez oito gols, antes de ir para o Deportivo Quito, do Equador.
Já a aposta em Barrientos foi feita em 2015. Em dois anos, o meia teve dificuldades de adaptação e deixou o clube discretamente, com dez jogos. Por fim, Cabral representa o caso mais desastroso, pois fez somente seis partidas no Furacão, antes de ser condenado a nove anos de prisão na Argentina por envolvimento em um homicídio na virada de ano de 2017 para 2018.
Retrospecto negativo que Ruben e Andrade terão oportunidade de reverter em 2019, a exemplo do que Lucho já vem fazendo há dois nos no clube. “Hoje em dia é diferente. Na minha época, você jogava, queria vencer e pronto. Hoje, tem procurador, tem cara que influencia o atleta...”, analisa Dreyer.
“Eu fui contratado e já cheguei jogando. Não é que eu tenha sido um craque, mas a personalidade para se adaptar a um novo país vai de cada um. Eu cheguei em Curitiba e faz mais de 40 anos que estou aqui. Tem que fazer amizades e gostar do clube”, completa.
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