A transferência de Bruno Guimarães para o Lyon, oficializada em janeiro por 20 milhões de euros – cerca de R$ 93 milhões no câmbio da época – detonou impasse milionário entre Athletico e Audax-SP, clube que revelou o volante. Quase cinco meses após a concretização do negócio, o time de Osasco ainda não recebeu sua parte.
A venda do camisa 39 foi fechada em três parcelas anuais (2020, 2021 e 2022). É a porcentagem sobre a primeira delas, cerca de 5 milhões de euros, que o Audax cobra. Como mantinha 30% dos direitos econômicos do jogador, o clube paulista reivindica pagamento proporcional de 1,5 milhão de euros. O prazo contratual para o depósito já expirou e há multa por descumprimento.
O Athletico tentou negociar com o Audax visando uma diminuição do valor integral do repasse. Ou seja, Furacão buscava um desconto para quitar a dívida de uma vez só. A oferta, feita antes de a pandemia da Covid-19 paralisar o futebol, foi prontamente recusada pela diretoria do Audax, que não se importa em receber parceladamente.
A insistência do Athletico em barganhar gerou certo mal-estar, especialmente por causa da boa relação entre as diretorias – Mario Celso Petraglia é velho conhecido de Mario Teixeira, ex-diretor do banco Bradesco e dono do Audax.
Outro ponto incômodo foi que a equipe paranaense também pretendia excluir o Audax do lucro de uma futura venda do volante. Na negociação com o Lyon, o Rubro-Negro manteve 20% dos direitos econômicos do atleta. Dentro desse percentual, 30% ainda pertence ao time paulista.
Há disposição por parte do Audax em evitar uma batalha jurídica. No momento, a diretoria aguarda uma melhora no cenário do futebol para, então, tentar novamente receber o que está estipulado em contrato.
A demora atleticana para pagar os parceiros não é novidade, contudo. O Trieste também penou para receber sua porcentagem referente à primeira parcela da venda do lateral-esquerdo Renan Lodi. O jogador foi negociado com o Atlético de Madrid em junho de 2019, mas o time de Santa Felicidade só viu o dinheiro cair na conta em 2020.
Bruno Guimarães chegou ao CT do Caju em maio de 2017, em um empréstimo sem custo. Em fevereiro do ano seguinte, após boas atuações no Paranaense, o Athletico exerceu cláusula contratual e pagou R$ 800 mil por 70% dos direitos econômicos do jovem.
Ainda em 2018, Bruno ajudou na conquista do Estadual e se tornou titular do time que conquistou a Copa Sul-Americana. No ano passado, já como ídolo da torcida, liderou o Rubro-Negro no título da Copa do Brasil e ajudou a equipe a terminar o Brasileirão em quinto lugar.
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