O Athletico foi até o Chile e perdeu para o Colo-Colo por 1x0, na noite de quarta-feira (11), no estádio David Arellano. Foi o primeiro tropeço do time do técnico Dorival Júnior na competição internacional, em uma tarde/noite em que o Furacão oscilou bastante. Confira os bastidores dessa jornada de três dias do Rubro-Negro em Santiago.
Controle de febre
A delegação do Athletico desembarcou no final da tarde na capital chilena, mas só conseguiu deixar o aeroporto rumo ao hotel à noite. O motivo? Por conta da pandemia do coronavírus, todas as pessoas que chegam no Chile precisam passar por um controle de saúde, respondendo um questionário e depois medindo a temperatura corporal. Com o aeroporto cheio, a fila durou mais de uma hora.
Forte calor
Santiago vem registrando diariamente mais de 30 graus durante o dia. O forte calor fez com que quase todos os jogadores do Furacão fosse para o treinamento na véspera da partida segurando uma bolsa de gelo. Uma forma de se refrescar antes da intensa atividade.
CT em área restrita
Por falar em treinamento, o Rubro-Negro se preparou para o confronto com o Colo-Colo no centro de treinamento da Universidad Católica, que fica bem em frente ao seu estádio. O curioso é que a região fica em uma área particular, o que complica a chegada de torcedores em dia de jogo.
Athletico ou Atlético?
Embora o clube tenha mudado sua marca, símbolo e nome para Athletico em dezembro de 2018, parece que em muitos países isso não ficou muito bem claro. Durante a passagem do time pelo Chile, diversos canais de esportes debateram o confronto e, ao citar a escalação atleticana, por exemplo, colocaram o símbolo antigo, assim como um dos jornais de Santiago.
Dono do som
Quando a delegação do Athletico chegou ao estádio Davi Arellano, à medida que os jogadores iam descendo, uma música ia se destacando. O responsável pela trilha sonora dos jogadores foi o zagueiro Robson Bambu, que, ao lado do diretor Paulo André, deixou um alto volume na caixa de som, que tocava um reggaeton.
Clima de Libertadores
Antes de a bola rolar, o clima entre atleticanos e torcedores do Cacique era de tranquilidade, festa e provocações. Dentro do estádio, os quase cem rubro-negros fizeram barulho, mas tiveram que suportar a pressão dos donos da casa, que, se não ferveram as arquibancadas, meteram pressão na arbitragem e tentaram amedrontar os jogadores. No final do primeiro tempo, um isqueiro foi arremessado em direção aos atletas do Athletico que se aqueciam no banco de reservas.
Laser e drone
Além disso, a torcida organizada do Colo-Colo apontava laser no rosto dos jogadores na hora em que eles atacavam no segundo tempo. Nikão e Bissoli foram uma das vítimas. Descumprindo as normas da Conmebol, um drone surgiu em cima do campo do estádio fazendo imagens, o que é proibido.
Protestos
A quarta-feira (11) foi tomada de protestos em vários pontos de Santiago. No mesmo dia que o Furacão jogou, se completaram 30 anos do fim da ditadura militar. A data foi aproveitada pelos manifestantes para cobrar o atual presidente, Sebastián Piñera.
Muitas ruas foram fechadas pelo fogo e alguns postes e sinaleiros foram destruídos, sendo transformados em barreiras. Ao longo do dia e até à noite, o trânsito na capital chilena ficou complicado e o policiamento foi reforçado.
Ídolo chileno
Um dos principais jogadores da história do futebol chileno é o ex-atacante Iván Zamorano, que passou por clubes como Real Madrid e Inter de Milão. Em um restaurante de Santiago, o ex-camisa 9 da seleção é um verdadeiro ídolo, com diversas fotos e manchetes estampadas nas paredes. E uma delas chamou a atenção.
Uma foto de Zamorano cercado por seis jogadores da seleção brasileira - Cafu, Leonardo, Ronaldo, Gonçalves, Rivaldo e Aldair -, pelas oitavas de final da Copa do Mundo de 1998. Na ocasião, o Brasil goleou o Chile por 4x1, mas o título da reportagem foi bem diferente: "Seis grandes cuidando de um gigante".
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