Após três anos, Athletico e Coritiba voltam a se enfrentar pelo Brasileirão. A última vez que isso aconteceu foi no dia 10 de setembro de 2017, quando as duas equipes empataram por 1 a 1 na Arena da Baixada. De lá pra cá, muita coisa mudou.
Naquela ocasião, o Coxa era o atual campeão paranaense e havia iniciado bem no Brasileiro, enquanto o Furacão conviveu com constantes mudanças de técnico e foi irregular boa parte do torneio. Porém, desde então, o que se viu foram os dois rivais em situações bem diferentes.
No duelo deste sábado (12), às 16h30, novamente na Arena, o Athletico já tem uma nova grafia consolidada (com o resgate da letra h), assim como um novo escudo. Além disso, passou o rival no quesito títulos relevantes após conquistar a Sul-Americana (2018) e a Copa do Brasil (2019).
Nesse mesmo período, o Coxa foi rebaixado à Série B, inaugurou marca própria de uniformes e, mesmo enfrentando uma delicada situação financeira, conseguiu retornar à elite do futebol nacional no ano passado.
Como foi em 2017
O clássico de 2017 teve um gol de Werley e outro de Felipe Gedoz e um fim de temporada diferente dos dois lados. O Athletico encerrou a disputa na 11ª colocação e garantiu participação na Sul-Americana. Foi ali, aliás, um importante pontapé para os anos de conquistas que viriam. Em contrapartida, o Coritiba amargou o traumático descenso.
Além de todas essas novidades, o Atletiba número 346 será marcado pelo reencontro entre os rivais em um momento jamais imaginado naquele distante jogo: portões fechados por causa da pandemia mundial do coronavírus e com ambos os times brigando para se distanciar da zona de rebaixamento.
Nova cara atleticana, muitos títulos
Desde setembro de 2017, o Athletico colecionou troféus: Paranaense de 2018,2019 e 2020, além dos importantes e inéditos títulos da Copa Sul-Americana de 2018 e da Levain Cup, no Japão, e Copa do Brasil em 2019.
O último ano, aliás, foi de gala para o Athletico. Na Copa Libertadores recebeu o multicampeão Boca Juniors em casa e aplicou 3 a 0 nos argentinos. Pela Recopa Sul-Americana também venceu na Baixada por 1 a 0 o River Plate e mesmo que tenha perdido o título, jogou o duelo decisivo com plateia de mais de 60 mil pessoas em pleno Monumental de Núñez.
E essas não foram as únicas novidades. No dia 11 de dezembro de 2018, o presidente Mário Celso Petraglia, do Athletico, anunciou a mudança na grafia do time, acrescentando o “h” que havia na então fundação do clube, em 1924, e, também apresentou, um novo escudo, com linhas diagonais e design que remete aos quatro ventos do Furacão.
Pouco a comemorar no Coxa
O Coritiba não viveu seu melhor período nos últimos três anos. Apesar disso, teve momentos positivos de forma pontual. Em 2018, o Coxa lançou marca própria, a Sou 1909 e, com isso, conseguiu baratear custos e captar mais recursos direto para o clube.
Visto como um dos grandes da Série B naquele ano, o time teve uma campanha irregular, pouco se fixou no G4 e não conseguiu voltar à elite. Já em 2019 sofreu uma perda irreparável: o ídolo Dirceu Krüger faleceu, mas deixou um legado de união à torcida.
Embalado pelo jogo em homenagem ao Flecha Loira, os coxas-brancas lotaram o Couto e passaram a empurrar o time em campo. Promoções de ingresso impulsionaram a presença em massa no Alto da Gloria, essencial na busca pelo acesso. Novos planos de sócios, com valores mais acessíveis e benefícios engajaram e fizeram com que a união entre clube e torcida culminasse no acesso, ao fim do ano. Cenário que o clube não terá no retorno à Série A.
Em 2020 a realidade é outra
Nem os torcedores mais pessimistas imaginariam que o aguardado Atletiba do retorno à elite seria dessa forma. Os cuidados para evitar a Covid-19 exigiram novos protocolos no futebol e as arquibancadas estão vazias.
Naquele jogo de 2017, o público total de 17.420 acompanhou no estádio o clássico mais tradicional do Paraná. Desta vez, não haverá expectadores.
Pior: o objetivo dos times na décima rodada da competição é ficar longe da zona de rebaixamento. Ambos estão empatados com oito pontos da tabela de classificação. Quem perder se afunda na área da degola.
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