De gorro e máscara, Paulo Autuori marcou presença no banco de reservas do Athletico nessa terça-feira (20), na derrota para o Peñarol, por 3 a 2, em Montevidéu, pela última rodada da fase de grupos da Libertadores.
O veterano treinador, que voltou ao clube no último sábado (17) com o cargo de head coach – ou diretor técnico –, já tomou as principais decisões sobre o time em campo. Apesar disso, o interino Eduardo Barros seguiu como o técnico de fato na papeleta disponibilizada pela Conmebol. Autuori apareceu como "outro", sem um cargo especificado.
Internamente, coube ao carioca de 64 anos a palavra final sobre a escalação do time. Já classificado, o Furacão poupou jogadores e perdeu a primeira colocação do grupo C para o Jorge Wilstermann.
“Hoje já funcionou como será em todas as partidas. Neste momento ele [Autuori] já está integrado aos processos que antecedem os jogos, na participação dos treinos, reuniões pós-jogo”, explicou Eduardo Barros em entrevista coletiva.
“Ele já participa de todas as discussões e vai ser assim daqui em diante”, completou Barros, que perdeu força após completar sete partidas sem vitória à frente da equipe.
Autuori no banco de reservas
Na derrota para os Carboneros, Autori permaneceu no banco de reservas, junto com o restante da comissão técnica, acompanhando de perto o trabalho de Barros, que era quem mais gritava e orientava os atletas.
O agora denominado head coach chegou a aparecer na transmissão do jogo pelo canal Fox Sports abraçando o técnico interino após o segundo gol do Furacão, que naquele momento vencia a partida de virada.
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Mas neste domingo (25), às 18h15, na Arena da Baixada, Autuori estará ausente do banco atleticano no Brasileirão. Ele começa a cumprir três jogos de suspensão imposta pelo Pleno do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD). A pena é referente ao período em que ainda estava no Botafogo, clube que comandou até 1º de outubro.
O treinador foi denunciado pela procuradoria do Tribunal após notícia de infração da CBF e da Associação Nacional dos Árbitros de Futebol (ANAF) por ofensa em entrevista após empate por 1 a 1 com Flamengo, pela quinta rodada.
Em entrevista coletiva, Autuori indagou o fato de arbitragem ter sido chamada pelo VAR para assinalar o toque no braço de Marcelo Benevenuto, que resultou em pênalti para o rival. As declarações foram consideradas desrespeitosas pelo STJD.
Após o fim da suspensão, Autuori voltará ao banco para trabalhar ao lado de Barros (ou de outro treinador). Exatamente da mesma maneira que fazia quando comandava o Furacão com Bruno Pivetti como auxiliar, entre 2016 e e maio 2017.