Desafio dos dez anos: como estavam Athletico, Coritiba e Paraná há uma década?

Nos últimos dias, a internet foi tomada pelo #10YearsChallenge, ou desafio dos dez anos, que consiste de postagens de fotos de uma década atrás, 2009, e uma atual, 2019, fazendo uma comparação entre ambas. Aproveitando o momento, relembramos como Athletico, Coritiba e Paraná estavam há dez anos.

Athletico

Após salvar o Athletico do rebaixamento em 2008, o técnico Geninho seguia no comando para o início da temporada. O Paranaense contava pela primeira vez com o supermando e o Athletico sagrou-se campeão do estado, tendo ótimos números como o melhor ataque (43 gols) e o artilheiro (Rafael Moura, com 14 tentos marcados).

No entanto, apesar do bom início no ano, o clube viveu momentos conturbados ao longo da temporada. Na Copa do Brasil, passou das duas primeiras fases (Tocantins e ABC-RN), mas caiu para o Corinthians, de Ronaldo, nas oitavas de final, mesmo após vencer a primeira partida em casa. Já na Copa Sul-Americana, foi eliminado ainda na primeira fase, diante do Botafogo.

No Brasileirão, o time não passou o mesmo sufoco do ano anterior, mas também não empolgou, ficando apenas na 14.ª posição. Porém, foi na competição nacional que surgia um nome que marcaria o rubro-negro pelos anos seguintes: Paulo Baier. E logo na sua temporada de estreia, marcou oito gols na Série A.

Destaque: Rafael Moura, artilheiro do estadual e Paulo Baier, que chegava ao Furacão.

Time-base: Gallato; Nei, Rhodolfo, Manoel e Alex Sandro; Rafael Miranda, Valencia, Paulo Baier e Wesley; Wallyson e Rafael Moura.

Técnicos (em ordem que assumiram o time): Geninho, Waldemar Lemos e Antônio Lopes.

Coritiba

O Coxa entrava no ano de seu centenário com pretensões de ganhar títulos. No Estadual, a busca pelo bicampeonato foi frustrada pelo rival Athletico. Mesmo com a segunda colocação na primeira fase e o supermando, o Coxa venceu o Furacão na única partida em que disputou longe do Couto Pereira. Porém, acabou em terceiro lugar geral, atrás ainda do J. Malucelli.

Ainda no primeiro semestre, o Coritiba chegou a dar uma esperança aos torcedores ao avançar até a semifinal da Copa do Brasil, sendo eliminado pelo Internacional. Até o momento, era a melhor campanha de um time paranaense na competição (foi superada em 2011 pelo próprio Coxa, ao chegar à final).

Mas o ano de 2009 dos coxas-brancas foi mesmo marcado pelo seu desfecho. Após um segundo semestre fraco, o time brigava para não ser rebaixado no Brasileirão. Na última rodada, o confronto direto contra o Fluminense selou o rebaixamento alviverde, após empate em 1 a 1.

O que se viu no gramado do Couto Pereira, na sequência, foram cenas que marcaram o futebol do estado. A ‘batalha campal’, que aos poucos se espalhou para outros pontos da cidade, virou notícia nacional e rendeu punições severas ao clube (30 mandos de campo e R$ 610 mil – que depois foram reduzidos para 10 mandos e R$ 100 mil), marcando negativamente para a história o ano do centenário do Coxa.

Destaque: Marcelinho Paraíba, artilheiro do Brasileirão.

Time-base: Vanderlei; Rodrigo Heffner, Pereira, Jeci e Luciano Amaral; Leandro Donizete, Carlinhos Paraíba e Pedro Ken; Marcelinho Paraíba, Marcos Aurélio e Ariel Nahuelpan.

Técnicos (em ordem que assumiram o time): Ivo Wortmann, Renê Simões e Ney Franco.

Paraná

O ano de 2009 era o vigésimo na breve história do Tricolor. No entanto, foi uma temporada em que o clube não obteve maiores destaques nas três competições que disputou: Paranaense, Copa do Brasil e Série B do Campeonato Brasileiro.

No estadual, o Tricolor ficou apenas com a quinta colocação, vendo Nacional, Coritiba, J. Malucelli e Athletico terminarem à sua frente, respectivamente. Na Copa do Brasil, foi eliminado na segunda fase pelo Fortaleza, um adversário que acabaria rebaixado à Série C ao fim do ano.

Na principal disputa da equipe, o Paraná entrava em seu segundo ano na Série B, no que se transformaria em uma década paranista na segunda divisão. Sem uma ótima campanha, o clube amargou o meio da tabela, finalizando a competição de 2009 em décimo lugar.

Atualmente titular no Tricolor, o goleiro Thiago Rodrigues começava a transição da base para o profissional no time, ficando no banco em alguns jogos da Série B.

Destaque: Marcelo Toscano, com 10 gols na Série B.

Time-base: Zé Carlos; Murilo, Leandro, Luís Henrique , Montoya e Fabinho; Adoniran, Davi, Luiz Camargo e Rafinha; Marcelo Toscano.

Técnicos (em ordem que assumiram o time): Paulo Comelli, Zetti, Sérgio Soares e Roberto Cavalo.

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