A primeira final de Copa Libertadores entre equipes do mesmo país completa 15 anos. Em 2005, Athletico e São Paulo protagonizaram uma decisão verdadeiramente à brasileira – repleta de polêmica nos bastidores.
Após dois jogos, disputados no Beira-Rio e no Morumbi, o Tricolor levou a melhor e faturou seu terceiro título. Na primeira parte do duelo, deslocado para Porto Alegre por decisão da Conmebol, empate por 1 a 1 em uma gelada noite de 6 de julho.
Na volta, em 14 de julho, o Furacão desperdiçou o pênalti que empataria o jogo na ida para o intervalo. O baque foi grande e o time não resistiu à pressão do Tricolor, que fez 4 a 0 com facilidade e acabou com o sonho atleticano de conquistar a América.
Em fotos exclusivas do arquivo GRPCOM, relembre a rotina do duelo, do dia 3 ao 14, com tudo que aconteceu na grande finalíssima, a primeira de uma equipe paranaense na Libertadores.
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Diário da Decisão
Enquanto o elenco do Athletico ainda descansava após a desgastante viagem de volta da semifinal, a diretoria tentava uma última cartada para manter a decisão em Curitiba.
Na manhã da segunda-feira, a empresa de engenharia contratada para instalar as arquibancadas tubulares fazia os últimos ajustes. Ao mesmo tempo, o Corpo de Bombeiros já vistoriava o local. O clube dependia da liberação para tentar convencer os cartolas da Conmebol de que o estádio cumpriria o regulamento – e com segurança.
Do lado de fora, torcedores dormiam na fila para comprar ingressos, ainda sem uma certeza sobre o local do jogo contra o São Paulo. A confederação sul-americana já tinha optado pelo Beira-Rio, mas o Athletico pressionava para jogar em casa.
Após algumas divergências com os Bombeiros, finalmente o Athletico conseguiu o alvará que teoricamente deixava Arena apta a receber a final. No entanto, logo na sequência, o secretário-executivo da Conmebol, Francisco Figueiredo, ligou para o presidente João Augusto Fleury da Rocha.
De nada adiantou o malabarismo para expandir o campo em 16 mil lugares, totalizando 41.327. "Já decidimos que será em Porto Alegre. Só estou lhe telefonando de cortesia, me disse o tal de Figueiredo", recorda Fleury.
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