Athletico e Inter começam a decidir na próxima quarta-feira (11), 21h30, na Arena da Baixada, a final da Copa do Brasil 2019. A volta será dia 18, no Beira-Rio.
Se dentro de campo as equipes prometem duelo equilibrado em busca do título, fora das quatro linhas, na arena financeira, o Colorado se demonstra superior ao Furacão.
De acordo com estudo publicado pelo Itaú BBA sobre a saúde financeira dos clubes brasileiros em 2018, os gaúchos arrecadam mais e devem menos.
Neste período, o Inter somou R$ 282 milhões em receitas (7.ª maior receita do país), contra R$ 160 milhões conseguidos pelo Athletico (13.ª maior do país).
Em relação ao time paranaense, o clube gaúcho angariou mais em receitas de televisão, publicidade e com bilheteria e associados. Apenas nas vendas de jogadores ambos os clubes habitam o mesmo patamar [confira os valores abaixo].
Dívidas
De acordo com o estudo do Itaú, baseado nos balanços financeiros publicados pelos próprios clubes, o Inter também leva a melhor nas dívidas. Os gaúchos aparecem com dívida total de R$ 342 milhões, contra R$ 478 milhões dos paranaenses.
No entanto, há um asterisco nestes números: enquanto o Athletico contabiliza em seu balanço a dívida da construção da Arena da Baixada, o Internacional não contabiliza o que deve pela reforma do Beira-Rio.
Ainda em litígio com a prefeitura e governo do estado pelo acordo tripartite firmado para a construção da Baixada para Copa do Mundo de 2014, o Furacão deve cerca de R$ 430 milhões pelo estádio. Ou seja, quase tudo que o Furacão deve diz respeito à praça esportiva.
Já o Internacional deve cerca de R$ 310 milhões à empresa BRIO, gestora do Beira-Rio e responsável pela reforma do estádio.
No entanto, o Colorado não contabiliza este valor em suas dívidas totais, que somariam R$ 650 milhões se o passivo do estádio fosse considerado.
A justificativa dos dirigentes gaúchos é de que a dívida do estádio tem abatimento de R$ 20 milhões por temporada em um contrato que vai até 2034. Ou seja, em troca da dívida, o Inter cede o Beira-Rio para a BRIO.
"A receita que a BRIO faz com o espaço paga a dívida que ela mesma fez para remodelar o estádio. Esta dívida pagaremos de braços cruzados. Não há risco. Se a BRIO deixar de lucrar, não gera ônus ao Inter", declarou o executivo de finanças do Inter, Giovane Zanardi, ao Globoesporte.com.
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Próximos jogos do Athletico
- Athletico x Inter - 11/9 - 21h30 - Final Copa do Brasil
- Athletico x Avaí - 15/9, 16h - Brasileirão
- Inter x Athletico - 18/9 - 21h30 - Final Copa do Brasil
- Vasco x Athletico - 22/9, 16h - Brasileirão