Na opinião do vice-presidente da Federação Nacional dos Atletas Profissionais de Futebol (Fenapaf), Nivaldo Carneiro, as propostas da Comissão Nacional de Clubes (CNC) para a o período de paralisação do futebol nacional devem ser analisadas caso a caso, não de maneira nacional.
Na segunda-feira (23), CNC e Fenapaf se reuniram virtualmente para discutir um acerto com os atletas durante a pandemia do novo coronavírus. A comissão, que representa times das Séries A até D, tem como objetivo minimizar prejuízos financeiros no durante a crise.
"Os clubes vivem realidades diferentes. Um acordo nacional é muito difícil, acho que até nos estados os cenários são diversos. Como você vai tirar a porcentagem de um jogador que ganha R$ 2 mil", cita Carneiro.
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Uma das sugestões da CNC é reduzir a remuneração dos jogadores em 25% durante a paralisação. A comissão se baseia no artigo 503 da CLT, que fala em "casos extremos e de força maior".
Também presidente do Sindicato dos Atletas Profissionais de Futebol do Paraná, Nivaldo Carneiro revelou que conversou com jogadores de Athletico e Coritiba sobre um eventual corte. A posição é unânime.
"Não concordamos. Falei com o Thiago Heleno e o Jonathan, do Athletico, e com o Alex Muralha, do Coritiba. A posição deles é de não concordar também. Fomos procurados por um advogado do Athletico falando sobre a possibilidade de antecipação das férias, sim, mas não foi cogitado reduzir salários", afirma.
Quando à antecipação de férias proposta pela CNC, Carneiro vê a situação como inevitável, já que está dentro da Medida Provisória (MP) do governo federal. Se não houver resposta até quinta-feira (26), férias coletivas serão decretadas imediatamente.
"A Fenapaf está conversando com todos os sindicatos para poder dar uma resposta sobre toda essa situação. Pessoalmente, achei as sugestões da CNC muito vagas. Esperamos uma participação da CBF para ajudar a resolver a questão", enfatiza Carneiro.
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