A mãe da pequena Alice Petla, 7 anos, a torcedora do Coritiba Marina Petla, 28 anos, publicou um relato emocionante ao falar da relação com a filha, torcedora do Athletico, futebol e rivalidade.
Integrante do grupo Atleticaníssimas, que você já conheceu a história aqui, Alice é a "mascotinha" do movimento e tem uma história comovente e especial de paixão pelo Furacão. No Twitter, a mãe Marina escreveu:
Nascida em uma família toda coxa-branca, Alice era torcedora do Coritiba até conhecer o padrasto, Thiago Gonçalves, 34 anos. Torcedor fanático do Furacão, Thiago, marido de Marina, não é pai biológico da Alice, mas passou sua paixão para a pequena ao tentar criar um laço de amor.
“Um dia, o Thiago me perguntou se Alice poderia ir ao jogo com ele. Seria contra o Foz, pelo Paranaense. Eu disse que tudo bem, e foram os dois e minha tia [Tânia] que é a única atleticana da minha família. O Athletico ganhou de 2 a 0 e ela adorou toda a festa do estádio. Tudo foi muito diferente pra ela, afinal, era um momento dela com o pai, era uma ligação única. Eles estavam em um momento que não era pra eu participar, era algo entre eles”, contou Marina, que nunca teve a chance de levar a filha ao Couto Pereira.
A pequena ficou encantada com a torcida do Athletico e com a Arena da Baixada, mas ficou preocupada em como contar que queria ser atleticana para os familiares.
"Ela voltou extremamente feliz depois daquele jogo, mas preocupada em como contar para a família que agora ela era atleticana. Eu dei todo o apoio e disse que essas coisas de time, a gente vai pelo coração, que se você gosta de um time, você pode torcer para ele. Alice entendeu, ficou feliz com meu suporte e começou a ir em alguns outros jogos", explicou a mãe.
Amigo das integrantes do grupo Atleticaníssimas, Thiago começou a levar Alice frequentemente ao estádio. A mãe fica feliz que a filha se tornou parte de um grupo representativo dentro da Arena da Baixada e no cenário nacional de mulheres que lutam por igualdade e respeito nas arquibancadas.
"As Atleticaníssimas dão esse poder para ela no estádio. Elas mostram que lugar de mulher é onde ela quiser. Ver a Alice participando e crescendo nesse meio me faz muito feliz. Ela se sente segura, e esse pequeno detalhe de estar livre de ir e vir em um estádio de futebol, pode moldar a cabeça dela para o resto das coisas que ela quiser fazer na vida", afirmou Marina.
A história de Marina, Alice e Thiago traduz o que o futebol representa para muitas famílias: amor, paixão, união e alegria.
"Eu confesso que não me importo que ela torça para outro time. Eu acho que a rivalidade deveria se manter em campo. É normal ter cantos de torcida, ter rivalidade, mas acredito que isso deva ficar para dias de jogo e para o momento do jogo. Fora isso, o amor deve prevalecer", finalizou Marina Petla.
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