Quem não se lembra da passagem do alemão Lothar Matthäus pelo Athletico. Em 2006, o treinador comandou o Furacão por apenas oito jogos - chegando em janeiro e ficando até março - e foi embora sorrateiramente, sem deixar vestígios. uma polêmica saída, da qual o técnico se arrepende, mesmo tanto tempo depois.
"Se eu pudesse mudar alguma decisão na minha vida, seria essa decisão, quando deixei Curitiba após dois meses. Eu tive alguns problemas familiares na Alemanha. Não acho que tenha sido correto da minha parte e, por isso, eu digo 12 ou 13 anos depois: Me desculpe, Athletico, por ter deixado vocês após dois meses", disse Matthäus, em entrevista à ESPN.
O desempenho em campo foi positivo. Em oito jogos, foram seis vitórias e dois empates. Nem mesmo as dificuldades nas diferenças de cultura e da língua atrapalharam o rendimento do Furacão. O problema foi o extra-campo. O alemão, pouco depois de desembarcar em Curitiba, se envolveu em uma confusão com um fotógrafo. Além disso, colecionou multas de trânsito por excesso de velocidade.
A volta pra casa foi um pedido da então mulher do ex-jogador, campeão da Copa do Mundo de 1990, que estaria com ciúmes dele sozinho no Brasil. Uma decisão que foi do dia pra noite. Avisou a diretoria que iria resolver problemas particulares, mas a volta nunca aconteceu.
"Eu estava em contato com o presidente o tempo todo, em uma conversa aberta e não como foi dito na imprensa. Não tive problema em Curitiba ou com alguém do clube. Era tudo perfeito e minha decisão foi a favor da família e contra o meu trabalho", explicou ele.
Até por conta de toda polêmica, mas, principalmente, pelo ambiente que encontrou no clube, Matthäus gostaria de voltar ao Furacão algum dia e reconstruir sua história no Rubro-Negro.
"Foi um grande tempo, um grande time, não apenas com jogadores, tinha grandes jogadores à minha volta. É um grande clube com história, um estádio lindo, grandes torcedores e seu eu pudesse fazer algo novamente em minha vida, seria ser técnico do Athletico", afirmou o treinador.
Depois que deixou o Athletico, o técnico, hoje com 59 anos, foi auxiliar de Giovanni Trapattoni no Red Bull Salzburg, da Áustria, entre 2006 e 2007, onde foi campeão nacional. Em seguida, foi comandar o Maccabi Netanya, de Israel, entre 2008 e 2009.
Quase voltou à América do Sul, para treinar o Racing, da Argentina, em 2010. O acordo estava apalavrado, mas o ex-jogador desistiu de última hora, através de uma mensagem de texto. O último trabalho dele foi na seleção da Bulgária, em 2011.
Boicote do agro ameaça abastecimento do Carrefour; bares e restaurantes aderem ao protesto
Cidade dos ricos visitada por Elon Musk no Brasil aposta em locações residenciais
Doações dos EUA para o Fundo Amazônia frustram expectativas e afetam política ambiental de Lula
Painéis solares no telhado: distribuidoras recusam conexão de 25% dos novos sistemas
Deixe sua opinião