Paranaense 2020: Estadual ainda não tem acordo de transmissão na TV

Paranaense 2020 não tem acordo de transmissão na TV e preocupa clubes

| Foto: Jonathan Campos/Gazeta do Povo

Três meses antes de a bola rolar no Paranaense 2020, a venda dos direitos de transmissão do campeonato ainda não foi fechada. A demora preocupa e atrasa o planejamento da maioria dos times que estão na disputa.

> Paranaense 2020 volta ao modelo antigo, perde uma data, mas fica acima do previsto pela CBF

O contrato com a Rede Globo encerrou após o Estadual desde ano e, até agora, não houve renovação. Os clubes consideraram baixa a proposta extra-oficial da emissora, que pagava R$ 6 milhões pelo produto como um todo — cada um dos 12 clubes ficava com cerca de R$ 500 mil. O valor é disparado a maior fonte de renda das equipes.

"Com raras exceções, a preocupação não é só com os times do Interior. É uma situação que é prevista há muito tempo. Estamos trabalhando, negociando. Hoje pela manhã tive uma reunião por telefone com a Globo. Mas temos outros caminhos, outras discussões. Com o decorrer do tempo vamos deliberando e resolvendo esse problema", explicou o presidente da FPF, Hélio Cury, que afirmou que as conversas seguem nas próximas semanas.

"A proposta não condiz com o que precisamos. É bem inferior [ao valor de 2019]. Quem sabe vamos acomodar uma situação aqui, outra ali, várias situações, para chegar a um denominador comum e tentar chegar a um valor próximo do ano passado", completa o dirigente.

Sem o acordo com a TV, no entanto, Cury diz que busca alternativas. "Tudo que é possível, streaming, Facebook. Estamos discutindo com todos para ver como vamos ajustar para o futuro.

Peso do Estadual

Em 2019, o Paranaense também foi transmitido por streaming na plataforma LiveFC, mas o retorno financeiro para os clubes foi mínimo. Assim, é provável que o torneio seja colocado em segundo plano pelas equipes maiores.

"É natural que os clubes gradativamente acabem olhando com menos peso para o Paranaense. Na situação do Coritiba,iniciamos o campeonato já com primeira fase de Copa do Brasil muito próxima, um campeonato com peso financeiramente muito diferente", afirma o presidente Samir Namur.

"Naturalmente vamos projetar, em um campeonato sem TV ou com menos dinheiro da TV, jogos com times alternativos, com times reservas. Não existe definição do Coritiba nesse sentido, mas vejo como algo natural", conclui.

"Esse valor faz diferença para todos, menos para o Athletico, que está em uma situação privilegiada. Qualquer dinheiro que entrar ajuda, e ajuda bem. Se não vier dinheiro da Globo com uma condição no mínimo igual à do ano passado vai ser muito difícil sair o Paranaense", opina o presidente do conselho gestor do Operário, José Álvaro Góes.