Na madrugada de sábado para domingo (3), o presidente do Conselho Deliberativo do Athletico, Mario Celso Petraglia, concedeu entrevista para a ESPN Brasil no programa Bola da Vez. O cartola tratou sobre direitos de transmissão, novo uniforme, imprensa, CBF, negociação com o São Paulo, entre outros assuntos.
Petraglia lembrou ainda que o Rubro-Negro precisa de investimento estrangeiro para subir de status e de que, para isso, depende da aprovação de leis no governo Bolsonaro. O dirigente reivindicou a moralização do futebol e se dispôs a abrir seus sigilos fiscal, telefônico e bancário em uma “Lava Jato da bola”.
Veja os principais trechos da segunda parte da entrevista:
BOLSONARO
“Nem o conheço, sou fã do programa, ele é uma representação do momento. Eu não concebo um Brasil passado a limpo se não passar a limpo o futebol. Não há moralidade, se não moralizarmos o futebol”.
GOVERNO NOVO
“É um mundo novo. A impunidade tem que acabar na sociedade e no futebol também. A Fifa vendeu a Copa do Mundo para o Catar, veio Concaf, Conmebol, Cbf... Tem um preso nos Estados Unidos. Lá é diferente. Tive muitos negócios com empresas americanas quando era empresário. Não tem propina, não pode pagar um jantar. Se tiver e for pego, vai para a cadeia”.
LAVA JATO DO FUTEBOL
“[As coisas podem mudar] a hora que tivermos donos dos clubes, preocupados que vão à falência, pois associações sem fins lucrativos não podem ir à falência.
Nós deveríamos ter um Lava Jato no futebol brasileiro. Eu me comprometo aqui, abro meu sigilo fiscal, telefônico e bancário, meu e dos meus filhos. Todos os dirigentes deveriam fazer isso, todos os agentes também”.
SALTO DO ATHLETICO
“O nosso salto será a abertura do capital. Contratamos algumas das maiores empresas de mundo, que fizeram a modelagem. Estamos prontos para parceiro, precisamos da mudança da lei.
Dinheiro está sobrando. Precisamos de uma segurança politica e jurídica, não sabemos se o futebol brasileiro é publico ou privado, é uma colcha de retalhos. Ninguém sabe as regras do jogo”.
CAMPEÃO DO MUNDO
“Nós nos programamos para sermos campeões mundiais em 10 anos após a Copa. Já se passaram quatro anos. Estamos trabalhando para isso. O nosso projeto se baseia nem uma visão internacional do futebol”.
INVESTIMENTO ESTRANGEIRO
“Tentamos aprovar no Profut a entrada de investimento estrangeiro, com uma segurança política e jurídica, que não aconteceu porque o governo da esquerda em 2016 vetou esses artigos. Estamos na idade da pedra no setor jurídico do futebol. No novo governo esperamos que isso seja melhorado.
Estamos prontos para receber capital de um parceiro estratégico para fazer futebol. Se pusermos R$ 1 bilhão, R$ 1,5 bilhão no caixa temos condições de pensar grande, é nosso projeto”.
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MELHORAR O FUTEBOL
“Temos que melhorar a indústria como um todo. O modelo do futebol brasileiro, de ser associações sem fins lucrativos, isenta de impostos, com a diretoria eleita pelos sócios, com curtíssimo tempo de gestão... Isso faz com que não tenha continuidade e são eleitos amadores”.
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