O técnico Tiago Nunes completa um ano no comando do time principal do Athletico nesta quarta-feira (26). Período marcado pelo sucesso do gaúcho de 39 anos, idolatria da torcida e expansão internacional do Furacão após o título da Copa Sul-Americana.
Completar 365 dias à frente do Furacão é um feito raro. Nos últimos 10 anos, apenas Paulo Autuori também conseguiu atingir a marca entre 2016 e 2017. Mario Celso Petraglia, atual presidente do Conselho Deliberativo do Rubro-Negro, é exímio degolador de cabeças de treinadores.
TUDO SOBRE O ATHLETICO!
No clube desde abril de 2017, quando comandou o sub-19 e, posteriormente, o time de aspirantes no título do Estadual 2018, Nunes ostenta marcas expressivas na equipe principal, apelidado de "time de guerra" sob o comando do técnico.
Desde junho, ele tem um aproveitamento de 58,3%. São 56 jogos, com 29 vitórias, 11 empates e 16 derrotas. Contando só partidas na Arena da Baixada, os números são ‘assustadores’: 85% de aproveitamento em 28 jogos, com 23 vitórias, três empates e duas derrotas.
Nunes assumiu o Athletico em crise após a demissão de Fernando Diniz. O clube era o vice-lanterna do Brasileirão e o jovem treinador teve que reconstruir a equipe. As principais mudanças foram as promoções do lateral-esquerdo Renan Lodi, do zagueiro Léo Pereira e do volante Bruno Guimarães.
Os três formavam a base do time campeão paranaense com Nunes, mas não tinham espaço com Diniz. Hoje, todos são titulares absolutos e cobiçados pelo mercado europeu. O clube projeta ganhar mais de 55 milhões de euros (R$ 240 milhões) negociando o trio de pratas da casa.
No Brasileirão, Nunes rapidamente tirou o Furacão da zona do rebaixamento e terminou a competição em 7.º, dois pontos atrás da G6. Tudo isso poupando titulares na reta final para fechar a campanha impecável na conquista da Sul-Americana, o primeiro título internacional de expressão do Athletico.
Mesmo com os resultados expressivos, ele foi mantido como interino pelo clube até o final de 2018 até ser finalmente efetivado em janeiro.
Já neste ano, o Rubro-Negro conquistou a vaga para as oitavas de final da Libertadores com antecedência. De quebra, enfiou 3 a 0 no Boca Juniors na Baixada. Um mês depois, venceu o River Plate na partida de ida da Recopa, mas acabou perdendo o título na Argentina.
Neste ano, o técnico ainda rejeitou uma proposta do Atlético-MG, que ofereceu o dobro do salário, mas não conseguiu tira-lo do CT do Caju.
No segundo semestre, o Furacão manterá o calendário recheado e competitivo. Primeiro enfrenta o Flamengo, nas quartas de final da Copa do Brasil. Logo na sequência, reencontra o Boca Juniors na Libertadores, desta vez pelas oitavas de final do torneio latino.
Além disso, a meta é brigar por uma vaga na Libertadores via Brasileirão. Depois de nove rodadas, o Furacão é o 9.º colocado, com 10 pontos.
Veja os desafios de Nunes!
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