Por unanimidade, o Tribunal de Justiça Desportiva do Paraná (TJD-PR) determinou, em julgamento realizado na noite desta quinta-feira (7), o fim da ‘torcida humana’ do Athletico no Paranaense 2019.
Os clubes visitantes que forem atuar na Arena da Baixada deverão solicitar ingressos com até três dias úteis de antecedência. O Furacão terá de cedê-los, além de separar um setor no estádio para a torcida adversária, sem restringir vestimentas ligadas ao oponente.
O Rubro-Negro só poderá instituir a torcida humana se a equipe visitante não solicitar as entradas no prazo estabelecido. Justamente por faltarem menos de três dias úteis para a próxima rodada, o jogo com o Cianorte, no domingo (10), às 17h, ainda será com torcida única.
“O Athletico, quando mandante, deve disponibilizar 10% dos ingressos à torcida visitante em cinco pontos físicos, deixando de restringir o acesso dos torcedores por qualquer tipo de vestimenta, além de ter um setor reservado a esses torcedores”, defendeu o relator do caso no TJD-PR, César Augusto Ramos Gradela.
Desde maio do ano passado, em parceria com o Ministério Público do Paraná (MP-PR), o Rubro-Negro instituiu a torcida única em suas partidas na Arena. Intitulada pelo clube de “torcida humana”, a regra proíbe torcedores do time adversário de entrarem na Baixada com uniformes e adereços, além de não destinar um setor específico do estádio para visitantes.
A posição do relator foi acompanhada por todos os sete auditores do Pleno do Tribunal, incluindo o presidente Adelson Batista que criticou duramente a torcida humana.
“ Se é um projeto [torcida humana], o projeto tem que tomar corpo. Ninguém teve acesso. Foi uma reunião. Eu nunca havia lido. Fui ler a ata disso e pensei se era aquilo o projeto mesmo. Se quer uma torcida só, vamos mudar de esporte ou jogar videogame”, disparou.
O Athletico pode recorrer ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) e vai exercer esse direito. O advogado do clube, Paulo Henrique Golambiuk, afirmou que, no mais tardar na segunda-feira, o Rubro-Negro entrará com o recurso na instância superior.
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Atletiba humano
A discussão em torno do projeto sugerido pelo Ministério Público do Paraná (MP-PR) e abraçado pelo Furacão atingiu o ápice no clássico contra o Coritiba, 30 de janeiro, na Arena da Baixada, pela 4.ª rodada da Taça Sicupira, o primeiro turno do Estadual.
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Na ocasião, a procuradoria do TJD obteve liminar favorável derrubando o modelo de torcida adotado pelo Athletico, que proíbe visitantes de usarem a camisa do próprio time e os obriga a ficarem espalhados no estádio em meio à torcida mandante.
O Furacão desobedeceu a liminar e o duelo aconteceu com “torcida humana”. O Coritiba protestou duramente nas redes sociais, além de estampar na camisa de jogo frases de protesto contra a medida. O presidente alviverde, Samir Namur, comparou a medida a uma “ditadura fascista”.
A questão do descumprimento da liminar será julgada em outra data.
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