Copa do Brasil: 35 horas de pouco (ou quase nenhum) sono pelo Athletico

Torcedores do Athletico encaram bate-volta para Porto Alegre para ver final da Copa do Brasil| Foto:

Quando o Internacional liberou a venda de ingressos para os torcedores do Athletico para a final da Copa do Brasil, o analista de comunicação Renan Thomas Hahn, 21 anos, não hesitou e logo garantiu um posto no Beira-Rio para a partida histórica.

No entanto, ainda havia um problema a ser resolvido: como chegar em Porto Alegre?

Com passagens de avião em cima da hora muito caras e, ao mesmo tempo, precisando manter a rotina diária de trabalho e estudos, Hahn optou pelo tradicional bate-volta.

“Quando consegui o ingresso, pensei: ‘Agora eu vou nem que seja a pé”, brinca o jovem. “Aí começamos a estudar as possibilidades. Acabamos alugando um ônibus para 45 pessoas e teve até lista de espera”, relata.

Seriam 11 horas de viagem, segundo o Google Maps. Realidade virtual que ignora os percalços da aventura real que teve até pneu furado.

No total, foram quase 14 horas até a capital gaúcha. Somando toda a viagem, serão cerca de 35 horas praticamente sem dormir para acompanhar o time do coração. Mas, para aliviar, tem também open-bar.

“Saiu R$ 150 por pessoa, com o valor do ônibus e mais as bebidas para o caminho”, explica Hahn, que pela primeira vez viaja para fora do estado para ver o Furacão.

Quando o árbitro apitar o fim da partida, com título ou não, os rubro-negros sobem logo no ônibus e iniciam o trajeto de volta para Curitiba

“Na volta, se a gente ganhar, ninguém vai dormir, vamos gritar campeão até Curitiba. Se não ganhar, vão ser 45 pessoas tristes e bebendo para amenizar a dor”, arremata o torcedor.

“Ir de ônibus com outros torcedores, além de ser muito mais barato do que de avião, torna o clima para o jogo diferente”, reforça o estudante de psicologia, Guilherme Villanova, 22 anos.

“Escolhi o bate-volta por ser a opção que me permite me ausentar só um dia de Curitiba. É o que posso fazer com a faculdade”, complementa.