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Os 20 clubes da Série A discutem na próxima sexta-feira (22) as regras do Brasileirão 2019, no congresso técnico da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). A principal discussão será novamente o uso do árbitro de vídeo (VAR) na disputa.

A tendência é de que a questão da “torcida humana” do Athletico também seja abordada, assim como os horários das partidas, com a nova divisão de direitos de transmissão entre Rede Globo e Grupo Turner.

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Em 2018, o VAR foi vetado na elite do Brasileirão pelos próprios clubes. A CBF havia proposto que as agremiações arcassem com os custos da ferramenta, cerca de R$ 50 mil, conforme estipulado pela entidade. O placar da votação foi de 12 clubes contra e sete a favor do árbitro de vídeo, além de uma abstenção.

Em 2019, o tema ganhará nova abordagem. A CBF abriu licitação para empresas interessadas em fornecer o serviço do VAR. As propostas que chegaram à entidade serão apresentadas para avaliação dos clubes na reunião. Será debatida também a opção de um patrocínio específico para bancar o VAR, por exemplo, ou até mesmo a divisão de custos entre clubes e CBF.

Vale ressaltar que 52 jogos do Brasileirão 2019 não terão transmissão na televisão aberta, assim como na tevê fechada. Sem contrato com a Globo para o sinal aberto e com a Turner para o fechado, Athletico Paranaense e Palmeiras são os pivôs desta ausência.

A lógica é simples, toda vez que o campeão sul-americano e o campeão nacional enfrentarem um rival vinculado ao SporTV ou Globo, não haverá transmissão. O cenário pode alterar a estrutura para utilização do VAR nestas partidas.

Horário nobre

Além disso, a nova divisão de direitos de transmissão impactará nos horários das partidas. Tradicionalmente, a Globo, então detentora única, determinava os horários de acordo com a própria grade de programação. Com a entrada da Turner, a tendência é de que haja uma discussão sobre possíveis novos horários.

“Torcida humana”

Polêmico projeto elaborado pelo Ministério Público do Paraná (MP-PR) e abraçado apenas pelo Athletico, a “torcida humana” deve entrar em pauta no congresso técnico deste ano. Em 2018, o projeto já levantou discussões que terminaram na Justiça.

Em maio de 2018, o Cruzeiro entrou com ação na Justiça contra o modelo de torcida defendido pelo Furacão, antes de duelo pela Copa do Brasil. A Justiça negou o requerimento da Raposa.

Duas semanas depois, foi a vez do Santos tentar derrubar a “torcida humana” da Baixada por vias judiciais. Novamente, a Justiça negou o requerimento.

Diante disso, a permissão ou não da medida deve ser levantada na reunião dos clubes desta sexta-feira (22). O regulamento da Série A é vago quanto à questão, ao contrário dos regulamentos da Libertadores e Sul-Americana, que deixa explícita a necessidade de um espaço separado aos visitantes nos estádios.

O projeto do Athletico permite os visitantes na Baixada, desde que sem camisas ou qualquer outro artefato do próprio clube e sem local específico, ou seja, espalhados em meio ao time mandante.

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