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Petraglia e Samir comentaram possível retorno da torcida na pandemia
Petraglia e Samir comentaram possível retorno da torcida na pandemia| Foto: Albari Rosa/Arquivo Gazeta do Povo

Mario Celso Petraglia, presidente do Athletico, e Samir Namur, presidente do Coritiba, questionam a segurança para a volta da torcida aos estádios em meio à pandemia do coronavírus.

Entretanto, os dirigentes não descartam a possibilidade de aceitar a volta do público no futebol. O Ministério da Saúde deu um parecer favorável ao andamento do projeto da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), que prevê o retorno do público às arquibancadas, com 30% da capacidade dos estádios nos jogos da Série A. Antes de entrar em vigor, a medida passará por aprovação dos clubes.

O presidente do Athletico, Mario Celso Petraglia, falou à Gazeta do Povo/Tribuna do Paraná que precisa de mais detalhamento da proposta para se posicionar. "Ainda não temos uma opinião formada. Temos que avaliar o risco. De quem será a responsabilidade se houver algum caso fatal de contaminação no estádio?", questionou Petraglia.

Samir Namur deixou claro que acredita em retorno somente se houver as mesmas possibilidades para todos os times da Série A. "Saúde e segurança são prioridades em relação à volta de público. E só aceitamos se for em todos os estádios", afirmou à reportagem.

Em nota, a assessoria de comunicação do Coritiba detalhou a opinião de Samir Namur:

"O Coritiba defende a igualdade na tomada de decisão e acredita que a medida definida deve valer para todos, respeitando a isonomia competitiva. O clube defendeu o retorno aos treinos de maneira segura e inclusive contratou um médico infectologista que contribuiu com o desenvolvimento de um protocolo de saúde, entendendo a responsabilidade das instituições sobre o atual cenário de pandemia e, ainda que esteja atento à situação e seus desdobramentos, reforça que a saúde e segurança devem ser consideradas como prioridade em relação ao retorno do público aos estádios", diz a nota oficial.

Prefeitura de Curitiba e Governo do Paraná não se manifestam sobre volta da torcida aos estádios

Procurada, a Secretaria de Estado e Saúde do Paraná (SESA), disse por meio de sua assessoria de comunicação, disse que não vai comentar a possibilidade enquanto não for procurada de forma oficial pelos órgãos competentes.

“A Secretaria de Estado da Saúde do Paraná informa que não recebeu oficialmente nenhuma autorização de público em estádios de futebol. A Sesa aguardará receber oficialmente esta orientação para se posicionar”, informou a assessoria de comunicação.

A Secretaria de Saúde de Curitiba também foi procurada para falar sobre a viabilidade do retorno dos jogos de futebol, mas também optou por não se posicionar.

“Não recebemos nenhuma informação sobre isso ainda do Ministério da Saúde. Vamos aguardar a comunicação oficial e as orientações”.

CBF fará reuniões para colocar em prática volta da torcida aos estádios

De acordo com informações da assessoria de comunicação da CBF, a aprovação do Ministério da Saúde marca o início das discussões sobre o retorno. Nos próximos dias, haverá uma série de reuniões com o objetivo de determinar pontos essenciais para se colocar em prática a volta do público aos estádios. Além disso, a CBF também pretende muito em breve entrar em contato com os clubes e as secretarias de saúde dos locais que receberão os jogos.

Ministério da Saúde explica decisão

À Gazeta do Povo, o Ministério da Saúde enviou nota explicando que o parecer favorável foi emitido, mas que caberá às autoridades locais a garantia de que os protocolos de segurança sejam mantidos.

“É importante ressaltar que a abertura, em um primeiro momento, deve ser para até 30% da capacidade dos estádios - podendo ser aumentado posteriormente - , conforme decisão do gestor local, que, dentre outros aspectos, levará em consideração a variação da curva epidemiológica, a taxa de ocupação de leitos clínicos e leitos de UTI e a capacidade de resposta da rede de atenção à saúde local e regional. A abertura deverá ocorrer mediante protocolos que devem ser estabelecidos com o objetivo principal de zelar pela saúde física e mental, assim como o bem-estar de todos. As medidas de segurança serão determinadas localmente entre os times de futebol e a administração local, envolvendo os setores de segurança pública, saúde e outros necessários para sua implementação e fiscalização”, garante o governo federal.

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