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Athos Schwantes: aos 26 anos, confiante em disputar o terceiro Pan-Americano | Antonio Costa/ Gazeta do Povo
Athos Schwantes: aos 26 anos, confiante em disputar o terceiro Pan-Americano| Foto: Antonio Costa/ Gazeta do Povo

O esgrimista Athos Schwantes treina para, em 2011, tentar repetir o feito do pai: conquistar uma medalha na espada nos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara, em outubro. Ronaldo Schwantes foi o último brasileiro a subir no pódio da modalidade, com o bronze, em 1975. Assim como o campeonato deste ano, o de 36 anos atrás também foi no México.

Apesar de ser o primeiro do ranking nacional, o paranaense Athos não depende só dele para concretizar o projeto. A esgrima na­­cional classificou-se em cinco das seis modalidades a serem disputadas. A exceção foi justamente a espada masculina, que ficou em 9.º lugar no Pan-Americano da modalidade, disputado em agosto, em Porto Rico. Garantiam vaga para o Pan de 2011 os oito pri­­meiros colocados. "Depen­­de­­mos de alguma das seleções desistir da vaga. Somos os próximos da lista. Nos Pans anteriores, não foi incomum isso acontecer", diz o vice-presidente e supervisor técnico da Confederação Brasileira de Es­­gri­­ma, Ricardo Pacheco Machado.

"O problema foi a regra de sorteio das chaves. Caímos na primeira eliminatória contra Cuba [equipe mais forte das Américas]. Per­­demos por 42 a 41. Aí, só nos restou lutar pela 9.ª posição, a melhor que poderíamos conquistar", diz Athos.

Aos 26 anos, ele treina confiante de que estará em seu terceiro Pan-Americano. "No primeiro, ainda era inexperiente, tinha apenas 18 anos. No segundo, fui me­­lhor, mas não o suficiente. Para 2011, sei que tenho condições de ‘medalhar’", diz, mais preocupado em estar pronto caso o Brasil consiga a vaga do que em elucubrar de qual seleção será mais provável herdar a classificação.

Futuro

Um bom desempenho no Pan é pré-requisito essencial para o curitibano de família de esgrimistas conquistar o objetivo principal: a vaga inédita para os Jo­­gos Olím­­pi­­cos de Lon­­dres, em 2012. "O Pan do México não pontua para o ranking mundial. Mas lá estarão os me­­lhores atletas das Américas. Sem contar que posso repetir o feito do meu pai", fala. Hoje, Ronaldo é um dos técnicos do filho. O outro é Fer­­nando Kato.

Enquanto o primeiro tende a orientar o filho para as situações de combate, Ka­­to prefere ensaiar a minúcia de cada movimento. "São dois trabalhos que se complementam. E que começa em dias de competição. Depois dos combates, passamos dias assistindo a vídeos meus e de meus adversários para avaliar as técnicas, onde me­­lhorar, o que corrigir. Além de ler muito. A esgrima é um esporte que exige muita leitura dos tratados sobre o esporte", diz Athos.

Apesar de treinar desde os 7 anos e aos 15 ter decidido levar a esgrima como profissão, só a partir do ano passado ele conseguiu condições profissionais para competir: uma equipe multidisciplinar completa e apoio financeiro para manter os treinamentos e competições. Hoje, recebe uma ajuda do Bolsa Atleta, programa de incentivo ao es­­porte de al­­to ren­­­­di­­mento do go­­ver­­no fe­­de­­ral. Tam­­bém tem apoio das For­­ças Ar­­madas. No ano passado, formou-se sargento do Exército para disputar os Jogos Mundiais Militares, em julho de 2011, no Rio de Ja­­neiro.

Em Curi­­tiba, o Sar­­gen­­to Schwantes defende o Cír­­culo Militar do Paraná há 19 anos. Grande parte desse período foi ao lado do ir­­mão Ivan, que tem se dedicado mais ao trabalho de técnico. Trei­­na em uma academia no bairro Água Verde, onde tem o suporte, além dos dois técnicos, de preparador físico, nutricionista, fisiologista, médico esportivo e o psicólogo esportivo Marco Ferreira. "Ele tem me auxiliado a me co­­nhecer mais como atleta, dominar melhor meu corpo, planejar melhor meus treinamentos. Já tenho visto resultados práticos desse suporte", diz Athos.

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