Vila Pan-Americana em Guadalajara: organização estimou errado o número de atletas| Foto: Adriana Brum-Enviada Especial / Gazeta do Povo

A delegação brasileira está dando menos trabalho aos voluntários na Vila Pan-Americana. Não por causa de uma disciplina acima da média. Mas por estar em menor número do que o previsto, já que algumas equipes,como handebol, vôlei, basquete, pentatlo moderno e hipismo não se alojaram no local.

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Por questões de logística e um erro nas contas da organização do evento, o Comitê Olímpico Brasileiro (COB) transferiu essas seleções para hotéis. No handebol, tanto a equipe masculina quanto a feminina trocaram a estrutura construída especialmente para os 6 mil atletas na cidade de Zapopán, em frente ao Ominilife Stadium, por um hotel mais próximo do Parque São Rafael, em Guadalajara, onde estão acontecendo as competições.

"Os times levariam entre uma hora e uma hora e meia para chegar ao ginásio para os treinos e jogos. Seria muito cansativo. Não quero atleta nenhum reclamando que se desgastou em deslocamento", afirma o chefe da delegação brasileira, Bernard Rajzman.

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Já o voleibol masculino e feminino, o hipismo, o pentatlo e o basquete feminino tiveram de se mudar em um hotel próximo à Vila porque a organização dos Jogos fez uma confusão com o número de atletas na disputa. Assim, mais competidores vieram a Guadalajara do que a estrutura preparada poderia comportar. Os 950 apartamentos entre 55 e 95 metros quadrados foram insuficientes e os brasileiros buscaram outra hospedagem. "Eles estarão em contato com o clima da Vila. Todas as refeições serão feitas lá", garantiu Rajzian.

Todos os custos extras com hospedagem sairão do bolso do COB. "Temos dinheiro para isso mesmo. Para dar a melhor estrutura aos nossos atletas", segue o dirigente.

O Comitê não fala em cifras, mas uma consulta da reportagem aos dois hotéis escolhidos pelos brasileiros estima diárias em torno de US$ 130 para quartos para duas pessoas do tipo standart

Mas esse não foi o único problema na Vila. Às vésperas do inicio do Pan, na semana passada, as cadeiras ecológicas do refeitório (feitas de papelão) foram perdidas, depois de molhadas com a força da tempestade tropical Jove. "Tivemos alguns problemas também com a comida, bastante apimentada", contou a maringaense Natália Falavigna, do taekwondo.

A segurança na vila é reforçada. Antes de chegar a entrada, todos os automóveis são parados e as credenciais dos passageiros, verificadas por um policial armado. O acesso dos atletas à área residencial só é permitido a atletas e técnicos, depois de passarem por revista e raio X.Mas teve suas falhas. Na área internacional, em que a imprensa só pode entrar em horário restrito e com autorização prévia, a reportagem da Gazeta do Povo, no último sábado, circulou livremente entre os atletas que se preparavam para sair para os pontos de competição.

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