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A vitória por 4 a 1 no Atletiba de ontem custou ao Atlético exatamente R$ 5.702,38. Esse foi o valor do prejuízo ao realizar o clássico válido pela Copa dos 100 anos da Federação Paranaense de Futebol na Arena da Baixada. Um dos motivos mais claros do déficit está no preço do ingressos. Mesmo com as equipes formadas com os reservas dos reservas da dupla, o valor dos bilhetes foi mantido pela diretoria atleticana igual ao da partida contra o River Plate, pela Sul-Americana. O mais barato custava R$ 25, o mais caro R$ 60.

Assim, o único Atletiba de 2006 teve a presença de apenas 1.705 pessoas. E boa parte delas nem assistiu à partida, já que desse total cerca de 500 estavam trabalhando. O resto do borderô ainda detalha 211 convidados e mil pagantes. Daí a renda pífia: R$ R$ 7.532,50.

O jogo de ontem entrará para as estatísticas sob várias óticas. Uma das maiores goleadas rubro-negras da história do clássico, um dos piores públicos já recebidos pela Arena da Baixada, talvez o único Atletiba da história a dar prejuízo, ou então como uma das partidas mais prestigiadas da Copa da FPF – que funciona como uma primeira fase do Campeonato Paranaense do ano que vem.

Para se ter uma idéia da popularidade da competição, o último confronto disputado em Curitiba, entre Coxa e Portuguesa Londrinense, no Pinheirão, teve a presença de 153 pessoas, sendo que apenas 69 se dispuseram a pagar para ver os 3 a 2 para a Lusinha.

Talvez por isso, até quem já conhecia a força e o calor do Atletiba não estranhou um clássico tão morno nas arquibancadas. O atacante Laércio, que estreou nos profissionais do Alviverde justamente numa dessas partidas, chegou ao ponto de se surpreender positivamente com o público.

"Achei que ia ter bem menos gente. Mas para nós não faz diferença, pois temos de mostrar futebol para sermos aproveitados lá em cima", disse o jogador, que já foi apelidado de Pérola Negra, jogou a Libertadores na época de Antônio Lopes, mas depois foi emprestado e caiu no ostracismo.

De certa forma, o prognóstico do atleta coxa-branca não estava errado. Afinal, no espaço reservado à torcida visitante, apenas 27 pessoas protegidas – talvez ainda reflexo da briga no aeroporto Afonso Pena – por um exagerado contingente de 37 policiais, todos sentados, viram o jogo.

Fazia um ano do último Atletiba profissional. Em 15 de outubro de 2005, o Atlético derrotava o Coritiba, por 2 a 1, no Couto Pereira, contribuindo para o rebaixamento do rival no Brasileiro. Ontem, contribuiu para deixar o time do Alto da Glória mais longe da vaga na Copa do Brasil de 2008 – o mote da FPF para realizar a competição.

E o jogo? Foi ruim. Até poderia servir para que os torcedores vissem Evanílson pelo lado rubro-negro, ou Renan, pelo alvirverde. Mas nem isso. O último teve um gol anotado para si, mas precisou conversar muito com o árbitro para isso – aos 43’ da primeira etapa a bola foi cruzada pelo jogador, desviou na zaga e entrou. Antes, já haviam feito pelo Atlético Ricardinho, aos 11’, Edmar, aos 34’, e Caio, aos 41’. Depois, Stanley, aos 42’ da etapa final.

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