O zagueiro Cleberson tem vivido dias de celebridade em Macatuba, no interior paulista. Mal coloca os pés fora da casa dos pais e aparecem pessoas pedindo autógrafos e tirando fotos com a principal revelação do Atlético neste ano. A fama repentina está no fato de que é o único jogador profissional que saiu da cidade de pouco mais de 16 mil habitantes. Se é assim tendo jogado a Série B pelo Furacão, nem dá para imaginar como será se passar a defender a camisa do Corinthians em 2013.
O defensor, que tem contrato até 2016 com o Rubro-Negro, está na mesa de negociações do Grupo Sonda, que pretende comprar a totalidade dos direitos sobre o jogador hoje a divisão é de 80% do Atlético e 20% do antigo empresário e colocá-lo no time paulista.
A primeira proposta foi negada pela diretoria do clube, mas não significa que a negociação estagnou de vez. "A nossa ideia de valor parece que está distante das pretensões do Atlético. Agora temos de ver se as partes se sensibilizam", confirmou o representante do Sonda, Guilherme Miranda.
Alheio ao que acontece entre o grupo e a diretoria atleticana, Cleberson projeta mais tempo em Curitiba. "Estou feliz no clube e espero fazer um bom ano em 2013 defendendo o Atlético. Prefiro deixar as coisas acontecerem de forma natural", comentou. O assédio se deve a uma temporada que catapultou o jogador da categoria de base para a equipe titular profissional em pouquíssimo tempo. Da estreia diante do Paranavaí, na última rodada do segundo turno do Paranaense, até o acesso contra o Paraná jogo em que marcou o primeiro gol , tornou-se indispensável para os técnicos Juan Ramón Carrasco, Jorginho e Ricardo Drubscky.
O treinador uruguaio merece menção especial na lembrança do atleta. Entre uma "carrascada" e outra", decidiu transformar o volante Cleberson em zagueiro de um dia para o outro. "Nunca tinha jogado de zagueiro e foi muito bom. Ele [Carrasco] chegou e perguntou se estava a fim de jogar na zaga. Eu queria era jogar, não importava em qual posição", revelou.
Por pouco ele não ficou de fora da cereja do bolo. Uma lesão na coxa esquerda quase tirou o jogador da reta final da Série B. Ele reconhece que ficou preocupado em não poder entrar em campo contra o Tricolor na última rodada.
Primeiro gol
Perseguiu o gol durante toda a competição e ele veio exatamente na partida mais importante. Tento determinante no empate por 1 a 1 uma derrota manteria o Atlético na Segundona. "Foi o momento mais feliz da minha carreira. O meu primeiro gol, praticamente em uma decisão. E o Atlético ainda subiu", vibra.
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