Ser a melhor equipe do seu campeonato nacional é sempre bom. Até mesmo em lugares com pouca (ou nenhuma) tradição no futebol, como na Geórgia. Lá o melhor time até aqui é o Olimpi Rustavi, casa de cinco jogadores do Atlético Paranaense. Gerônimo, Alex Fraga, Jonatas, Anderson Aquino e Eduardo Salles estão vivendo um bom momento em campo, e outros não tão bons fora dele. Mas nada que torne a experiência em estar longe de casa insuportável.
"A questão da comida é difícil de se adaptar, é totalmente diferente do Brasil", comentou o zagueiro Alex Fraga, por telefone, à Gazeta do Povo. Vivendo na mesma casa com os outros rubro-negros, todos emprestados como parte da parceria entre os dois clubes, o quinteto consegue manter o calor brasileiro acesso, embora o clima fora esteja longe do agradável. A língua é outro entrave e o pensamento de desistir já fez o atacante Choco retornar. Quem foi em seu lugar, o jovem Eduardo Salles, também cogitou voltar ao Furacão.
"Não tem ninguém passando fome ou problemas sérios lá. O idioma é uma dificuldade, claro, o Choco pediu para voltar por questões particulares, mas todos foram para lá em busca de oportunidades, até porque aqui ficariam apenas treinando em separado, escondidos de todos. Lá podem jogar e pensar em alguma coisa com a abertura da janela, em janeiro", disse o diretor de relações internacionais do Atlético, Paulo Rink. Salles estaria sendo pouco utilizado e teria falado abertamente em voltar, porém deve seguir na Geórgia.
"Ele está aqui conosco, ficou chateado porque não vinha jogando. Mas não estou sabendo dessa história dele estar voltando", confirmou Alex Fraga. Além do zagueiro, o lateral-direito Gerônimo e o atacante Anderson Aquino vêm sendo titulares no Olimpi Rustavi. Ainda descobrindo o atual país em que vivem, os jogadores ainda veem questões que poderiam melhorar nesta experiência no Leste Europeu, porém procuram não reclamar. A meta é jogar, ir bem, e aguardar uma negociação.
"É uma oportunidade boa para nós, estamos trabalhando e vamos esperar os resultados", completou Fraga. Paulo Rink também torce por isso, já que a continuidade da parceria com o Olimpi Rustavi também passa por isso.
"Eles estão sentindo alguma coisa diferente por causa da estrutura do nosso ct aqui, é algo normal. Eles querem ir bem também porque ganhar por jogo, se alguém citou alguma dificuldade extra é por ineficiência técnica. Todos ganharão culturalmente e esperamos pelos resultados a favor do Atlético para então avaliar o custo-benefício da parceria", concluiu o dirigente do Furacão.
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