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O balanço financeiro de 2008 serve como argumento quando o presidente do Atlético Marcos Malucelli avisa que não irá cometer loucuras para reforçar o time neste ano – o demonstrativo será publicado amanhã em jornais de Curitiba. O clube fechou a temporada passada com déficit de R$ 18 milhões. Enquanto a receita foi de R$ 30 milhões (contra R$ 24 milhões em 2007), o custeio com despesas atingiu R$ 48 milhões. Há dois anos, o Rubro-Negro cravou um lucro de quase R$ 1,6 milhão.

Onerando a folha de pagamento, e sem perspectivas concretas de elevação do valor que entra em caixa, a tendência é que o clube entre ainda mais no vermelho.

"A política está certa. Não dá para fazer loucura", concorda Armando Rasoto, professor universitário com doutorado em finanças.

Para Malucelli, a diferença na conta pode ser explicada pelo resultado alcançado com a transferência de atletas. Em 2007, negociações como as do atacante Dênis Marques e do goleiro Guilherme renderam R$ 9,1 milhões; valor que caiu para R$ 5,9 milhões em 2008.

"Tem de vender jogador para fechar no azul, não há outra maneira", afirma o dirigente. "Mesmo se encontrássemos um patrocinador não iríamos conseguir empatar", emenda.

Outra solução, a redução de despesas com o futebol, nem chegou a ser cogitada pelo cartola. "Ao diminuir o valor gasto na formação do time, diminuiríamos consequentemente a qualidade técnica, o que pode significar até um rebaixamento para a Série B", ressalta Malucelli. "Se cair, o valor das cotas de tevê cai junto. É um ciclo vicioso."

Enquanto não encontra um parceiro para estampar a marca na principal região do uniforme – a seguradora HDI comprou o espaço das mangas –, o Rubro-Negro busca alternativas para elevar o faturamento. A receita com estádio, por exemplo, saltou de R$ 1,7 milhão para R$ 3,9 milhão de um ano para outro. O incremento deve-se basicamente ao Programa Sócio Furacão, que vende cadeiras no estádio para os fãs. Para 2009, a expectativa da diretoria é que o clube consiga obter recursos de R$ 10 milhões provenientes dos associados.

"Graças a Deus que nós temos sócios", diz o presidente, revelando a importância da torcida na saúde financeira do Atlético. (CEV)

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