Atleticanas
Reforço
O Atlético deve apresentar o meia Pedro Carmona, do São José, pequeno clube de Porto Alegre mesmo time do atacante Jéfferson, contratado pelo Coritiba. Carmona era pretendido também pelo Criciúma e foi um dos destaques do Gauchão.
Caçula
Com a confirmação no cargo, o técnico Leandro Niehues tornou-se o mais jovem comandante entre os 20 integrantes do Campeonato Brasileiro, com 37 anos.
Misto
Hoje, Niehues comanda o último coletivo pelo Estadual. Na despedida do torneio contra o Iraty, domingo, na Arena, a opção pode ser um time misto. Tanto para poupar os titulares como para testar peças que possam ser úteis no Nacional.
"Ele não quis dar a mão, paciência"
A blindagem ao zagueiro Manoel foi mantida mesmo após o reencontro dele com o zagueiro Danilo, do Palmeiras. A instrução da diretoria atleticana é não comentar a ofensa racista e a cusparada dada pelo palmeirense no primeiro jogo entre as equipes pela Copa do Brasil. Quarta, no jogo da volta, a resposta do atleticano foi ignorar o adversário.
"Reconheci o meu erro e não falo sobre a atitude dele. Ele não quis dar a mão (no cumprimento das equipes), paciência. O que vale é que nós nos classificamos", disse Danilo, no desembarque da delegação paulista em Congonhas.
Para a torcida atleticana, ele não passou impune. O jogador foi insultado com vários coros, entre eles o de "racista" e vaiado todas as vezes em que tocava na bola. Caras pintadas de preto e um mosaico pedindo respeito reforçaram o clima de repúdio que envolvia o defensor palmeirense.
"Eu me concentrei ao máximo para fazer o meu melhor. Foi ruim pela atmosfera, mas não pelo adversário. Jogar lá é sempre difícil, mas todos os jogadores do Palmeiras se comportaram bem", acrescentou o jogador, que por três ano defendeu o Furacão e agora deve responder na Justiça pela ofensa ao ex-colega de clube.
O delegado Marcos Aurélio Batista programou para a próxima semana a ouvida de testemunhas da confusão, que está sendo investigada pela 23.ª Delegacia de Polícia de Perdizes, em São Paulo. O goleiro Marcos do Palmeiras foi arrolado, assim como dois atletas do Atlético, cujos nomes não foram divulgados.
Na esfera esportiva,apenas na segunda-feira o STJD deve marcar o julgamento dos dois atletas envolvidos na polêmica.
Dois tropeços em menos de uma semana esvaziaram os créditos do único representante paranaense na elite brasileira. O título antecipado do rival Coritiba no Paranaense e a eliminação na Copa do Brasil remontaram um panorama incômodo e conhecido da torcida rubro-negra: um Brasileirão de tormentos.
"O Atlético começará o Campeonato Brasileiro desacreditado e pelo cenário atual vai brigar para não cair", avaliou ontem o colunista da Gazeta do Povo Airton Cordeiro, após o adeus precoce mas recorrente diante do Palmeiras.
"Uma eliminação faz o time entrar no Campeonato Brasileiro pressionado", reconheceu o meia Netinho. Apesar de ter aplaudido o empenho da equipe no empate com o Porco, a torcida que lotou a Arena cobrou os reforços na quarta-feira.
"Queríamos conquistar o bicampeonato paranaense e chegar mais longe na Copa do Brasil. Como não atingimos nenhum desses objetivos, ficou evidenciado que precisamos melhorar o desempenho e qualificar o elenco com contratações em determinadas posições. Para tanto, vamos reforçar o nosso time e fazer o que tiver que ser feito para darmos alegria à nossa torcida", prometeu o presidente Marcos Malucelli, no site oficial do clube.
A manutenção do técnico Leandro Niehues no cargo dá continuidade ao trabalho de um profissional que conhece o elenco e assegura uma economia de caixa para o investimento neste reforços pretendidos.
Nomes como Marcelinho Paraíba, do São Paulo, Hugo, do Grêmio, e Renato Abreu, do Al-Shabab (Emirados Árabes), são alguns dos nomes cogitados nenhum confirmado. Um lateral-esquerdo, dois meias e um atacante são as prioridades (ontem o clube fechou com o armador Pedro Carmona, leia mais na coluna Atleticanas).
Para o colunista da Gazeta do Povo Carneiro Neto, a decepção neste primeiro semestre retrata um problema histórico. "Houve uma revolução no Atlético quando o grupo do Mário Celso Petragila assumiu de 1995 até 2005. Depois disso, inclusive com a participação do Petraglia, mudou-se o conceito. Antes o clube garimpava jogadores como Cocito, Lucas e Adriano e depois vendia por milhões. Não houve adaptação às mudanças exigidas pela Lei Pelé. Hoje o elenco é inchado e mesmo assim não existe um bom time", disse.
Ele faz uma cobrança: "É uma pena porque poucos clubes no país têm a estrutura do Atlético e 25 mil sócios. É preciso ousar e trazer craques. Há quanto tempo a torcida atleticana não vai buscar um ídolo no aeroporto?", indagou.
Para o volante Alan Bahia, além das mudanças (aquisições para o elenco) é necessário trabalho. "A gente vai continuar trabalhando. Se já está difícil assim, imagina se diminuirmos o ritmo", garantiu.
No planejamento extracampo até agora, o Atlético de 2010 reprisou o mesmo mal de temporadas anteriores. Jogadores importantes como Marcinho e Nei foram embora, assim como saíram em outros anos vide Ferreira, Claiton e Galatto.
O deficitário Campeonato Paranaense também adiou a formação de uma equipe mais competitiva. Pelo baixo nível técnico da competição, a tradição e a estrutura garantiram ao clube algum destaque. Mas as deficiências ficaram expostas com a saída na Copa do Brasil.
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Interatividade
Pelo que se viu durante o Paranaense, o que se pode esperar do Atlético na Série A?
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As cartas selecionadas serão publicadas na Gazeta Esportiva.
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