A liminar concedida na quarta-feira pela 1.ª Vara de Trabalho de Curitiba, determinando a reapresentação imediata de Aloísio ao Atlético, não surtiu efeito prático até o momento. Mesmo sob pena de multa diária de R$ 72 mil (a ser aplicada ao jogador e ao São Paulo, que também é réu na ação, caso utilize o atleta), Aloísio não apareceu e nem comunicou ao Atlético qualquer pretensão de retornar ao CT do Caju nos próximos dias.

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Aloísio e o São Paulo foram citados ontem. Sendo assim, passam a acumular o valor da multa a partir de hoje, vencido o prazo de 24 horas para o cumprimento da decisão. Além disso, clube e jogador terão até o dia 3 de março, data da audiência de conciliação, para entrar com um recurso.

Nesta dia, as partes terão a oportunidade de discutir o caso, havendo também a possibilidade de ser celebrado um acordo. Se isso não acontecer, o processo prosseguirá até a decisão final do juiz.

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A CBF foi comunicada do desdobramento do caso na esfera judicial, e atendeu a decisão, proibindo Aloísio de atuar pelo São Paulo. Além disso, de acordo com a coluna Painel FC, da Folha de S. Paulo, publicada ontem, "...a CBF determinou que o vínculo esportivo do atacante é com o Atlético. O Rubin Kazan, equipe russa, que negociou o jogador com os paulistas, comunicou o caso à Fifa, reivindicando os direitos sobre o atleta".

"Eu acredito que esse caso acabe mesmo parando na Fifa", revelou Marcos Malucelli, advogado do Rubro-Negro.

Malucelli não recebeu qualquer informação via departamento jurídico a respeito de um possível retorno do jogador, e aguarda a movimentação do São Paulo sobre o caso. "Vamos esperar uma posição deles para saber como essa questão deverá ser encaminhada no futuro", declarou.

Em São Paulo, João Paulo de Jesus Lopes, diretor de planejamento da equipe paulista comentou que o clube irá recorrer. "Estamos vendo isso. O Aloísio é uma peça importante e vamos tentar reverter essa ordem da Justiça do Trabalho. Esperamos ter sucesso até o final desta semana", disse.

Os paulistas alegam que Aloísio assinou um pré-contrato com o Atlético sem validade, por ter sido firmado antes do prazo (seis meses) para o término do vínculo com o Rubin Kazan, da Rússia. Tratando diretamente com os russos, o Tricolor tem como certa a contratação do camisa 9.

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