O primeiro jogo do Paranaense mostrou que o Atlético está realmente acima do discutível nível técnico da competição. Mesmo desfalcado de todos os seus principais jogadores ofensivos, o Rubro-Negro sequer precisou fazer uma grande apresentação para vencer o empolgado Galo Maringá por 2 a 0, ontem, no Estádio Willie Davids, e dar o passo inicial rumo ao bicampeonato.
No dia em que foi confirmada a contratação do técnico alemão Lothar Matthäus, o interino Vinícius Eutrópio analisou que o trabalho está muito bem encaminhado para o ex-craque assumir o cargo no dia 1.º de fevereiro em plena calmaria. "Temos de entregar o comando dizendo: o time está bem, com um certo padrão de jogo e os resultados postos", afirmou, satisfeito pela vitória em sua primeira partida como treinador.
Para quem esperava o Atlético desinteressado pela partida de estréia, os quatro cartões amarelos em apenas 35 minutos Cléo, Michel Bastos, Paulo André e Rodriguinho, além de Alan Bahia no segundo tempo mostraram que vontade não faltou. Talvez em homenagem à confirmação de Matthäus, o time tenha aderido desde já ao aguerrido estilo alemão de jogo.
Se empenho não foi problema, a falta de condicionamento físico, entrosamento e dos principais meias e atacantes atrapalhou. A atuação apenas regular do quarteto ofensivo formado por Cléverson, Rodriguinho, o uruguaio Pezzolano e Cléo mostrou que jogadores como Evandro, Ferreira, Dagoberto e Denis Marques sem contar o recém-contratado Rodrigão serão imprescindíveis em duelos mais complicados.
Pelo menos ontem, Pezzolano e Rodriguinho marcaram os gols da vitória.
O Atlético foi pressionado durante quase toda a etapa inicial, mas aos 20 minutos, no único lance de perigo criado pela equipe, o uruguaio aproveitou um rebote do goleiro Paulo Sérgio e mandou para a rede a primeira bola laranja do Furacão na temporada.
Após o intervalo, o confronto se tornou mais equilibrado e fez diferença a consistência defensiva rubro-negra. Dos volantes para trás, o time atuou com sua formação principal e conseguiu, aos poucos, segurar o ímpeto adversário. Aos 17 minutos, Rodriguinho marcou de fora da área o gol que tranqüilizou de vez as coisas para o Furacão.
Com o retorno de Maringá à elite do futebol estadual, que levou mais de 11 mil pagantes ao estádio, o time da casa correu muito e chegou a sufocar o adversário da capital algumas vezes. Mas nem todo o esforço foi suficiente para vencer Tiago Cardoso pelo menos uma vez. Ponto para o goleiro atleticano, que, com uma atuação segura, saiu na frente na dura briga com Cléber pela camisa um em 2006.
Em Maringá
Galo Maringá 0 x 2 Atlético
Galo MaringáPaulo Sérgio; Cuca, César Gaúcho e Batata; Dan (Nelmon), Kullman, Carlos Alberto, Renatinho e Maurício; Marcelo Régis (Gil) e Adriano (Mirandinha). Técnico: Ivair Cenci.
AtléticoTiago Cardoso; Jancarlos, Paulo André, Danilo e Michel Bastos; Alan Bahia, Cristian, Cléverson (Simão) e Rodriguinho (David); Pezzolano e Cléo (Ricardinho).Técnico: Vinícius Eutrópio.
Estádio: Willie Davids.Árbitro: Héber Roberto Lopes (Fifa).Gols: Pezzolano (A), aos 20 do 1.º; e Rodriguinho (A), aos 17 do 2.º.Amarelos: Kullman (G); Cléo, Michel Bastos, Paulo André, Rodriguinho, Alan Bahia (A)Público pagante: 11.530.
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