Atlético aposta no hábito de só acordar no segundo turno

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É assim desde a primeira edição do Campeonato Brasileiro por pontos corridos, em 2003. Fica para o segundo turno o que o Atlético não conseguiu fazer no primeiro. E, desta vez, tem cara de replay a campanha de recuperação rubro-negra, que começa hoje, diante do Ipatinga, às 18h20, na Arena. Como há cinco anos, o clube aposta em Mário Sérgio no comando técnico.

Explicações para o que já se tornou rotina? Os jogadores preferem não procurar culpados. Mas é impossível não associar mais uma largada ruim às trocas de treinadores. Em apenas 19 jogos, o Rubro-Negro já teve Ney Franco (duas partidas), Roberto Fernandes (15) e o interino Cleocir Santos (duas).

"Mudança, às vezes, melhora, às vezes piora. Desde o começo do ano, é difícil a gente manter até mesmo uma equipe, muda uma coisa, muda outra, isso atrapalha", analisa o lateral-direito Nei. "Sabemos que é ruim (mudar), mas faz parte do futebol. Esperamos ter uma sequência maior com o novo treinador", declara o volante Alan Bahia.

Há seis anos na Baixada, Bahia participou da primeira reviravolta atleticana, com Mário Sérgio, a partir de situação muito parecida com a atual. Em 2003, o ex-ponta-esquerda chegou para substituir Oswaldo Alvarez, também no início do returno. Na ocasião, o Atlético havia feito uma campanha um pouquinho melhor: alcançou 37% de aproveitamento (26 pontos em 23 partidas), contra os 35% (20 em 19 jogos, 16º colocado) deste ano, o pior rendimento de todas as temporadas.

A estréia foi com o Paraná, vitória por 1 a 0, na Arena, com gol do zagueiro Rogério Corrêa. E, ao término da competição, Mário Sérgio deixou o Furacão na 12ª posição, com 61 pontos, longe da zona de rebaixamento, que contou com Fortaleza e Bahia. "Conseguimos nos livrar rapidamente e tivemos um bom desempenho. Temos agora uma comissão técnica das mais competentes, espero repetir o trabalho vitorioso", comenta o ex-jogador.

Na temporada seguinte, em 2004, o clube fez o seu melhor primeiro turno até hoje, com aproveitamento de 55% dos pontos (em 23 compromissos, conquistou 38). Boa performance que, com uma arrancada ainda mais forte no returno, fez com que o Furacão brigasse pelo título e acabasse com o vice-campeonato.

Já nas demais disputas, cenários sempre complicados. Em 2005, valeu a ótima desculpa de estar concentrado na Libertadores e, assim, ter tido 39% de aproveitamento, com 25 pontos em 21 rodadas. Um ano se passou e o Atlético piorou: 38%, 21 pontos em 18 partidas (uma a menos que os demais, por conta de um confronto adiado). Por fim, no ano passado, praticamente nada mudou: também 38%, 22 pontos em 19 jogos.

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Em Curitiba

Atlético

Galatto; Nei, Danilo, Antônio Carlos e Márcio Azevedo; Alan Bahia, Chico, Rodriguinho e Julio dos Santos; Pedro Oldoni e Ferreira. Técnico: Mário Sérgio.

Ipatinga

Fernando; Leandro Salino, Patrick, Henrique e Beto; Augusto Recife, Xaves, Léo Silva e Rodriguinho; Adeílson e Kempes. Técnico: Ricardo Drubscky.

Estádio: Arena. Horário: 18h20. Árbitro: Marcelo de Lima Henrique (Fifa-RJ). Auxs.: Hilton Moutinho Rodrigues (Fifa-RJ) e Jesmar Benedito Mirando de Paula (GO).