O projeto de conclusão da Arena já não está mais restrito à cúpula do Atlético e aos técnicos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) que analisam a possibilidade de financiamento. Ontem a diretoria rubro-negra apresentou ao prefeito de Curitiba, Beto Richa, quatro secretários municipais e três vereadores como será o estádio depois de concluído.
Após a obra, marcada para começar em janeiro, a capacidade final ficará entre 40 e 45 mil pessoas. No projeto original eram 35 mil lugares. Porém a impossibilidade de sediar a decisão da Libertadores do ano passado o regulamento do torneio exige estádios com mais de 40 mil assentos fez o clube repensar a questão.
Ao lado, no terreno onde ainda funciona o Colégio Expoente, o Atlético pretende construir a Areninha um ginásio multieventos capaz de receber seis mil pessoas. A idéia apresentada detalhadamente ontem já havia sido citada em entrevistas pelo presidente do Conselho Deliberativo, Mário Celso Petraglia, responsável pela apresentação a Richa, e pelo presidente do Conselho Gestor, João Augusto Fleury.
O clube não divulgou o projeto ao público por temer que algo atrapalhe sua conclusão. Por enquanto os dirigentes trabalham na captação de recursos e na resolução de questões políticas.
Uma delas foi a que motivou a reunião de ontem na prefeitura. Intermediado pelos vereadores Mário Celso Cunha, João Cláudio Derosso e Sabino Picollo, o encontro foi realizado para resolver o problema da mudança do colégio.
O novo prédio, que está sendo levantado a poucos metros da Baixada, está numa zona que permite apenas a construção de residências. Se não tiver a liberação da prefeitura, o colégio não poderá sair do local em dezembro e abrir caminho para as obras na Arena no caso de outro ano letivo começar, a espera se prolongaria até dezembro de 2007.
O secretário de urbanismo, Luiz Fernando Jamur, pediu uma semana de prazo para estudar propostas de solução. A mais provável continua sendo uma alteração na lei de zoneamento urbano da região.