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O Atlético trocou atletas, mudou o esquema tático e jogou sem pressão. Nada disso adiantou. O novo perfil não trouxe brilho, o sossego da arquibancada vazia não ajudou e a equipe sucumbiu diante do atual campeão paulista.

Jogando com portões fechados (o Santos foi punido com a perda de mando), o Rubro-Negro perdeu por 2 a 0, em Mogi Mirim, e chegou a seis jogos sem vencer. O jejum de triunfos completa hoje 50 dias e engrossa a crise no clube.

No sábado, o time enfrenta outro campeão estadual, o Botafogo, no Rio de Janeiro.

Na preparação para o jogo de ontem, o técnico Givanildo de Oliveira havia ignorado a solicitação de Paulo André pelo resgate do 3–5–2. "Para nós melhora muito", pleiteou o jogador. "Tem de ter material humano e o momento certo", rebateu o comandante.

Sem muita explicação, a relutância do treinador desfez-se no interior paulista. Mas ele deve ter se arrependido. Ao contrário de maior consistência defensiva, o time perdeu criatividade no começo do jogo e fez um convite perigoso para o adversário rondar o tempo todo a sua área.

Essa não foi a única novidade em relação à derrota para a Fluminense. Carlos Alberto estreou na esquerda, Fabrício voltou na esquerda, Alex entrou na defesa e Dênis Marques perdeu vaga no ataque.

Recuado e falho na marcação, o Rubro-Negro resistiu muito pouco. Aos 10 minutos, já perdia por 1 a 0. Numa bobeada defensiva, Reinaldo teve tranqüilidade para ajeitar de calcanhar para o mexicano De Nigris marcar o primeiro.

Só após a desvantagem o time paranaense conseguiu retormar a posse de bola. Beneficiado pela acomodação do Peixe, conseguiu três oportunidades de empatar.

A força rubro-negra se concentrava na direita. Preciso nos cruzamentos e nas cobranças, Carlos Alberto ameaçou o adversário. Em uma delas, achou Ferreira sozinho na área. O meia cabeceou para fora e desperdiçou o empate.

O susto alertou o Santos, que por pouco não ampliou. Num duelo particular entre Neto e o goleiro Cléber, o camisa 1 atleticano venceu por 2 a 0 em ótimas defesas e evitou uma desvantagem maior.

Cléber foi eficiente também contra outros adversários. No início do segundo tempo, evitou um gol feito de De Nigris e transformou-se no principal jogador rubro-negro.

Mas o goleiro não teve como evitar o segundo gol praiano. Sem nenhuma marcação, Reinaldo dominou o cruzamento de Tabata, venceu o arqueiro e decretou a derrota paranaense, aos 26’.

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Em Mogi MirimSantos 2 x 0 Atlético-PR

SantosFábio Costa; Luiz Alberto (Domingos), Manzur e Ronaldo Guiaro; Neto, Wendel (Eleno Faísca), Cléber Santana, Léo Lima e Kléber; Reinaldo e De Nigris (Rodrigo Tabata).Técnico: Vanderlei Luxemburgo.

Atlético-PRCleber; Paulo André, Danilo e Alex; Carlos Alberto (Dênis Marques), Alan Bahia, Erandir, Ferreira, Fabrício (Ivan); Evandro (Válber) e Pedro Odoni.Técnico: Givanildo de Oliveira.

Estádio: Papa João Paulo II. Árbitro: Cléver Assunção Gonçalves (MG). Auxs.: Marco Antônio Martins e Guilherme Dias Camilo (MG). Gols: De Nigris (S), aos 10’ do 1.º tempo; Reinaldo (S), aos 26’ do 2.º tempo.

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