Um Atlético, como há muito não se via, fez a festa na tarde/noite deste sábado em pleno Estádio Maracanã. Jogando um futebol eficiente, o Furacão venceu o Botafogo por 4 a 0, afastou a crise e deu um salto de dez posições na tabela de classificação.
O diferencial atleticano para este jogo foi a aplicação tática e a dedicação individual de cada jogador. Após uma reunião realizada durante a semana, os atletas firmaram um pacto para conseguir a primeira vitória em 55 dias jejum. Esta vitória veio bem acompanhada por uma goleada e dará novo ânimo ao time neste Brasileirão.
O atacante Pedro Oldoni também fez a diferença durante a partida. Em sua estréia no "maior do mundo", o camisa 9 Rubro-Negro marcou três vezes e foi determinante no resultado final. De quebra, o treinador Givanildo Oliveira brecou as especulações sobre sua saída do comando atleticano e ganhou moral para desenvolver seu trabalho com mais calma.
Primeiro tempo
O time do Atlético começou o jogo sob a tensão de não conseguir pelo menos uma vitória nos últimos seis jogos. Nervosos em campo, os jogadores atleticanos foram rapidamente envolvidos pelos botafoguenses que buscavam o gol a todo instante.
As jogadas de ataque do alvinegro carioca saíam, ou passavam, sempre pelos pés de Dodô. Alguns chutes ao 3 e ao 7 minutos foram as primeiras chances do time do Botafogo. Orientados pelo técnico Carlos Roberto, os jogadores mantinham o domínio da bola e exploravam algumas jogadas pelo meio.
A primeira chance real de gol para o Rubro-Negro aconteceu apenas aos 18 minutos de jogo. Ferreira recebeu a bola na entrada da área e chutou para o gol, mas ela desviou na marcação e foi para escanteio. Na cobrança, Paulo André subiu mais que a marcação e cabeceou à direita do goleiro Lopes.
A partir dali o Furacão acordou no jogo e começou a ameaçar o gol carioca com mais freqüência. Tanto que aos 32 minutos do 1.º tempo abriu o placar no Maracanã. De um cruzamento da direita, Evandro escorou a bola de cabeça para o atacante Pedro Oldoni que tentou empurrar a bola para dentro. A zaga do Botafogo estava na marcação e acabou tocando para as redes, mas o árbitro confirmou o gol para o camisa 9 atleticano.
Apesar disso o Botafogo continuou atacando o Atlético e numa rápida jogada, a bola acabou tocando na mão do zagueiro atleticano Danilo dentro da grande área. Na cobrança do pênalti, Dodô caprichou na força, mas errou na pontaria. Sob os cuidados do atento goleiro Cléber, que pulou no canto certo, a bola explodiu na trave e voltou para o meio de campo.
Segundo tempo
Para a segunda etapa nenhum dos treinadores, Givanildo Oliveira (Atlético) e Carlos Roberto (Botafogo), fez modificações nos times titulares.
O Furacão continuou num ritmo crescente e aos poucos tomava conta do jogo. A equipe carioca sentiu o gol e o pênalti perdido e desde então não conseguiu reencontrar o equilíbrio que tinha no início da partida. Isso se confirmou logo aos 9 minutos quando num cruzamento da direita, Ferreira acertou à trave de Lopes após um desvio da zaga.
A superioridade do Atlético tornou-se plena quando aos 13 minutos da segunda etapa o Furacão ampliou a vantagem. Após uma cobrança de falta muito forte de fora da área feita por Erandir, a bola foi rebatida pelo goleiro Lopes. Atento e oportunista, Pedro Oldoni adiantou-se e chutou forte para as redes do alvinegro carioca.
Após a reclamação dos jogadores do Botafogo, o árbitro Lourival Dias Lima Filho marcou pênalti para o Furacão aos 34 minutos do 2.º tempo. O xodó atleticano Alan Bahia chutou colocado no canto superior esquerdo do goleiro Lopes e balançou as redes cariocas.
Irreconhecível, se levarmos em conta os últimos jogos, o Furacão partiu para cima e logo marcou o 4.º gol. Em uma bela jogada, Evandro recebeu, driblou a marcação, carregou a bola e fez o cruzamento para a pequena área. O atacante Pedro Oldoni surgiu sozinho para tocar nas redes do Botagogo pela terceira vez e decretar o fim da partida.
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