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Em Porto Alegre

Grêmio 1 x 1 Atlético

Grêmio: Saja; Patrício, William, Schiavi, Thiego ; Gavilán (Edmílson), Itaqui (Kelly), Diego Souza e Tcheco; Carlos Eduardo e Tuta (Douglas). Técnico: Mano Menezes.

Atlético: Guilherme, Nei, Danilo, Rodolpho, Edno, Alan Bahia (Pedro Oldoni), Valencia, Evandro (Claiton) e Ferreira, Dinei e Alex Mineiro (Marcelo). Técnico: Antônio Lopes.

Estádio: Olímpico. Árbitro:Paulo Henrique de Godoy Bezerra (SC). Gols: Tcheco (G), aos 45’ do 1.º tempo; Marcelo (A), aos 29’ do 2.º tempo. Amarelos: Gavilán, Tcheco (G); Dinei, Pedro Oldoni e Edno (A). Vermelho: Claiton (C).

Dois feridos, um expulso, frio intenso e muita pressão. O cenário adverso valorizou (e muito) o ponto conquistado ontem pelo Atlético no Olímpico. O empate por 1 a 1 com o Grêmio foi comemorado como uma vitória diante das circunstâncias da partida.

Embalado pela boa campanha, os gaúchos jogavam empurrados por grande torcida. Já o Furacão, que tentava se livrar do abatimento e se distanciar da zona degola, foi obrigado a lidar com várias adversidades no duelo e mesmo assim conseguiu jogar bem e roubar pontos fora de casa.

O time permanece na 15.ª posição na tabela e os resultados do complemento da rodada hoje não o assombram. Quarta-feira, às 21h45, o time volta a jogar na Arena e recebe o ameaçado Corinthians.

A estratégia idealizada pelo técnico Antônio Lopes para o jogo em Porto Alegre durou muito pouco, pois duas baixas mudaram o panorama no Olímpico. O primeiro desfalque aconteceu logo aos seis minutos. Em lance na pequena área, Alex Mineiro levou um chute no rosto. O jogador deixou o Estádio Olímpico de ambulância, com uma fratura no nariz. Em seu lugar entrou o atacante Marcelo.

O que era ruim piorou aos 30 minutos. Evandro, bem no jogo, chocou-se com o adversário e saiu de campo sangrando com um dente a menos e três quebrados. Uma cena chocante. O volante Claiton o substituiu.

Nenhum dos lances foi punido pelo catarinense Paulo Henrique de Godoy Bezerra, apesar dos protestos da equipe – nova determinação da comissão técnica atleticana.

As alterações precoces teoricamente diminuiriam a criatividade no meio-de-campo – cuja armação ficou sob responsabilidade apenas de Ferreira – e a qualidade no ataque. Mesmo assim, o Atlético conseguiu se recompor.

Criou mais chances, porém com menos perigo do que os gaúchos. A defesa rubro-negra – com boa atuação do estreante Rhodolfo – controlava o ataque gremista. Até os 45 minutos do primeiro tempo.

Um escanteio despretensioso do Grêmio no finalzinho resultou em gol. Diego Souza cobrou fraco e rasteiro e a bola sobrou para Tcheco empurrar para as redes. O lance lembrou o jogo de quarta-feira, quando o Cruzeiro empatou no último minuto. "Levamos um gol de bobeira quando o jogo era igual", lamentou Lopes.

O Atlético não se abateu, mas teve de enfrentar nova baixa, desta vez irreparável. Claiton já havia levado o amarelo e foi expulso após uma falta em Tcheco.

Mas como a noite era de superação, a equipe conseguiu arrancar o empate. Num lance parecido com o gol gaúcho, Edno cobrou escanteio da esquerda e Marcelo marcou aos 29. "Precisei entrar às pressas, ainda sem ritmo, e tive a oportunidade de ajudar a equipe", comemorou o jogador.

O lance incendiou o Grêmio, e mesmo com forte pressão o Atlético se segurou até o fim.

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