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Quando chegou ao atlético, sabendo das dificuldades de encontrar bons jogadores no mercado, o técnico Oswaldo Alvarez avisou que pretendia tirar do próprio elenco os reforços que precisava. Dito e feito. Foi assim que surgiram as soluções para o meio-de-campo e ataque: Cristian e Marcos Aurélio.

Ambos estavam em segundo plano antes de o treinador assumir. O volante havia sido titular em apenas uma partida do Brasileiro e entrado no decorrer de outras três. Já o atacante estava esquecido pelo ex-técnico Givanildo Oliveira.

Na primeira entrevista Vadão elogiou Marcos Aurélio. "Ele fez um grande Paulistão pelo Bragantino e eu, quando ainda estava na Ponte Preta, quis levá-lo para lá", disse na época, dando a entender que a entrada do baixinho na equipe era questão de tempo.

Com Cristian foi ainda mais rápido. Logo na estréia do novo comandante (vitória sobre o Flamengo), já figurava entre os titulares. Em meio a entradas e saídas, se firmou quando Vadão encontrou o sistema tático ideal: dois zagueiros e três volantes, sendo ele o mais avançado, jogando quase como armador pela direita.

"Ele foi bem claro comigo. Queria que eu fizesse o mesmo que no Paulista (clube pelo qual conquistou a Copa do Brasil de 2005), ou seja, sair para ajudar o ataque. Com dois volantes atrás fica bem mais fácil", analisa Cristian, cujos chutes fortes de longe se tornaram uma das principais armas do Rubro-Negro.

Marcos Aurélio estreou no segundo tempo do jogo seguinte (derrota para o Corinthians). Porém começou a se destacar ao marcar o gol de empate contra o Figueirense, aos 43 minutos do segundo tempo. Também se tornou titular absoluto a partir da vitória sobre a Macaca – quando Dagoberto foi afastado – e contabiliza quatro gols nos quatro últimos jogos.

Média que o faz começar a pensar na artilharia, sabendo que os atuais líderes ainda estão com nove gols. "No momento penso em ajudar o time e isso fica em segundo plano, mas acho que tenho condições sim", afirma.

O sucesso rápido faz o atacante merecer atenção especial da comissão técnica. "Temos de nos preocupar com a marcação dos adversários e da imprensa. Embora ele seja humilde, não pode se empolgar muito. O difícil é se manter por cima", alerta Vadão.

O treinador cita também como importantes reforços caseiros o lateral-esquerdo Michel, que já estava no clube mas só pôde estrear em agosto, e o atacante Denis Marques, que voltou a fazer gols. A primeira contratação anunciada desde que Vadão assumiu foi a do atacante Paulo Rink, que deve chegar amanhã a Curitiba.

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