Era para ser um jogo tranqüilo. Transformou-se em um drama na Arena. O modesto Francisco Beltrão conseguiu algo inusitado: fazer um time e uma torcida que esperavam por mais uma goleada ficarem satisfeitos com o simples empate por 2 a 2, e ainda ansiar pelo apito final com medo de ver uma derrota em casa após nove meses (O Atlético não perde como mandante há 20 jogos). Para um espetáculo desses, o resultado não poderia ter sido outro senão vaias e críticas ao atual campeão paranaense.
Na próxima rodada, o Rubro-Negro enfrenta o Iraty, fora casa; enquanto o Beltrão recebe o Cianorte.
O Atlético planejava para ontem um placar elástico, nos moldes do 5 a 1 imposto ao Nacional, no meio de semana. Tinha tudo para isso: mais time e o fato de jogar em casa. Mas só esqueceu de combinar com o goleiro Jéfferson.
Desde o começo da partida a vitória parecia questão de tempo. A superioridade dos anfitriões era tão grande que na primeira investida, a 20 segundos, Leonardo só conseguiu parar o ataque com uma falta dura e levou o cartão amarelo mais rápido do Estadual.
O time do interior ficou um bom tempo totalmente acuado, apenas se defendendo com grande categoria do bombardeio atleticano. Em alguns lances, a quantidade de defensores não era suficiente e a bola escapava perigosa em frente ao gol. Mas lá estava Jéfferson, às vezes no susto, outras com segurança, a defender a meta.
A eficiência do goleiro contagiou o restante do time. Se dava certo atrás, por que não no ataque? E deu. Os visitantes aproveitaram um contra-ataque e ainda contaram com uma ajudinha de Tiago Cardoso na bola cabeceada por Edson Baby, aos 38 minutos. "A bola bateu no chão molhado e desviou", lamentou o goleiro rubro-negro, que nem voltou para a segunda etapa. O técnico atribuiu a mudança a uma lesão na mão direita do atleta.
Outra alteração para tentar transformar o placar mais condizente com a atuação das equipes foi a entrada de Rodrigão, acompanhada por uma torcida particular e ilustre. A ex-jogadora de basquete Hortênsia, namorada do atleta, assistiu ao confronto de ontem, na Arena.
A estratégia aumentou a pressão atleticana. Em poucos minutos foram três escanteios e dois pênaltis reclamados pela equipe e pela torcida.
Mas aos poucos a irritação contagiou as arquibancadas com a queda de ritmo. Os torcedores, que haviam vaiado a equipe no intervalo, faziam coro por suor quando Dênis Marques aliviou o drama, aos 32.
Logo depois, um golaço de bicicleta do zagueiro Danilo parecia ter consolidado a reação. Nada. O Beltrão não se abateu e igualou o placar, aos 37 minutos, com o zagueiro Adinaldo e seguiu pressionando até o fim da partida, para o desespero do público.
Em Curitiba
Atlético 2 x 2 Francisco Beltrão
Tiago Cardoso (Cléber); Jancarlos, Danilo, Juninho e Michel Bastos; Alan Bahia, Cristian (Rodrigão), Rodriguinho e Adriano; Ferreira e Dênis Marques (Pezzollano).Técnico: Vinícius Eutrópio
Jéferson; Ricardo, Adinaldo, Neto e Arthur Carambola (Bruno Camacho); Leonardo (Brito), Ricardo, Beto e Luizinho Cascavel (Léo Vitória); Jéferson Cruz e Edson Baby.Técnico: José Tadeu Martins.
Árbitro: Antônio Valdir dos Santos.Gols: Baby (F), aos 38 do 1.º tempo; Dênis Marques (A), aos 25, Danilo (A), aos 32, e Adinaldo (F), aos 37 do 2.º tempo. Amarelos: Ferreira (A); Leonardo, Neto, Ricardo e Jéferson (F).Vermelho: Juninho (A).Renda: R$ 2.870.Público: 3.657 pagantes (4.902 total).
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