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O Atlético não foi nada bem na sua estréia no Campeonato Brasileiro 2006. Na tarde/noite fria e chuvosa de Curitiba, o Rubro-Negro não conseguiu desempenhar um futebol eficiente, perdeu por 2 a 1 e deixou o campo vaiado pela sua torcida. O Furacão não vence na Arena há quase dois meses, com duas derrotas e três empates de retrospecto.

Sem Michel Bastos, Dagoberto e Rodrigão, todos no departamento médico, o desempenho da equipe ficou abaixo da expectativa e deixou claro que o time ainda precisa de reforços. Alguns jogadores não renderam o esperado, como Denis Marques e Moreno, e a torcida não os poupou de vaias.

O torcedor atleticano apoiou o time nos minutos finais. Mas quando o técnico tirou o meia Ferreira do jogo, os gritos de "Burro, Burro" ecoaram no estádio e foram direcionados a Givanildo Oliveira. Alguns torcedores eram vistos erguendo notas de R$ 1,00 como forma de protesto contra a diretoria. Em compensação, o presidente Mário Celso Petraglia fazia gestos dos camarotes da Arena.

Primeiro tempo

Os jogadores do Atlético começaram a partida bem dispostos e jogando com velocidade e determinação. As jogadas surgiam tanto pelas alas quanto pelo setor de meio de campo e só não levavam perigo real ao gol de Fernando Henrique, pela falta de tranqüilidade dos atacantes Denis Marques e Pedro Oldoni.

Só que os erros de conclusão e a morosidade do atacante Denis Marques começaram a irritar o torcedor atleticano. Antes dos 15 minutos de jogo já se ouviam vaias vindas das arquibancadas da Arena da Baixada.

O time carioca não havia dado um chute sequer até os 15 minutos no 1.º tempo, até que uma jogada pela direita terminou em gol para os visitantes. Lenny trabalhou a bola, se livrou da marcação e fez o cruzamento para a grande área. A zaga ficou olhando o lateral Marcelo dominar a bola e, com tranqüilidade, tocar para as redes do goleiro Cléber.

O gol fez com que o time do Atlético desanimasse completamente. Se nos primeiros minutos houve um esboço de organização tática, depois do gol os jogadores pareciam perdidos em campo. O Fluminense aproveitou a situação e aos 18 minutos proporcionou um novo susto para o torcedor Rubro-Negro. Petkovic cobrou uma falta com perigo. No rebote do goleiro Cléber, Tuta chutou forte à queima roupa para excepcional defesa do goleiro atleticano.

Aos 39 minutos nova chance para o time carioca. Tuta chutou forte de fora da área para nova defesa de Cléber e no rebote Lenny chutou à direita do goleiro Atleticano. Pouco depois, aos 41, novamente o atacante Lenny fez bela tabela e chutou rasteiro na trave direita do camisa 1 do Atlético. No rebote, Marcelo chutou para fora.

A melhor chance do Furacão, e uma das poucas, aconteceu aos 44 minutos do 1.º tempo. Numa cobrança de falta na frente da grande área, Jancarlos chutou colocado para defesa de Fernando Henrique. Vaias foram ouvidas após o apito do árbitro Alicio Pena Júnior determinando o final do 1.º tempo.

Segundo tempo

Para os 45 minutos finais o técnico Givanildo Oliveira tirou o lateral-esquerdo Moreno e colocou o meia Fabrício passando para o esquema para o 3-5-2. Já Oswaldo de Oliveira não fez nenhuma mudança.

As mudanças não surtiram nenhum efeito, já que o desânimo dos jogadores do Atlético era maior que qualquer orientação tática. Para piorar as coisas, aos 2 minutos da segunda etapa o Fluminense ampliou o placar. Em rápida jogada, Rogério e Tuta trocaram passes na entrada da área atleticana. O lateral recebeu a bola do atacante Tricolor num toque de calcanhar e com um toque de habilidade balançou as redes do goleiro Cléber.

O time parecia sentir a falta de incentivo das arquibancadas. Determinantes na maioria dos jogos, os torcedores ficarão boa parte do tempo em silêncio e as manifestações só vinham quando Denis Marques pegava na bola. As vaias tomaram conta do estádio quando o atacante foi substituído e também quando o meia Ferreira deixou o campo. Além disso, os torcedores gritaram "Burro, Burro" se referindo ao treinador Givanildo Oliveira.

Com as modificações o Atlético ganhou novo fôlego. Válber e Willian entraram em campo descansados e o time ganhou em velocidade. Aos 25 minutos Alan Bahia fez boa jogada dentro da área, driblou a marcação e chutou forte para a defesa de Fernando Henrique.

A pressão atleticana aumentou e aos 30 minutos do 2.º tempo o Atlético diminuiu o placar na Arena da Baixada. Numa cobrança de falta de muito longe, Fabrício chutou forte para defesa parcial de Fernando Henrique. No rebote, Pedro Oldoni surgiu entre a marcação e balançou as redes do Tricolor carioca.

A torcida, que antes silenciara, agora retomava as suas características. O estádio inteiro passou a cantar e vibrar para apoiar o time em busca do empate. A cada lance de perigo, os torcedores assumiam o papel de protagonistas no jogo.

O Atlético passou a pressionar e em chutes de longa distancia sempre levava perigo ao gol de Fernando Henrique, que não conseguia encaixar uma bola sequer. Aos 44, por exemplo, Fabrício cobrou uma falta da entrada da grande área. O goleiro tentou segurar, mas soltou a bola na pequena área. O gol só não aconteceu porque o zagueiro tirou para escanteio no último instante.

Atlético 1 x 2 Fluminense

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