O atacante Guilherme Schettine e o Atlético não chegaram a um acordo na audiência de conciliação que aconteceu na tarde desta terça (20) na 5ª Vara do Trabalho de Curitiba. O clube move ação contra o jogador pedindo a prorrogação de contrato por mais dois anos em imbróglio quase idêntico ao que envolve o Rubro-Negro e o meia Nathan. A diferença é que um acordo entre Guilherme e o clube esta muito próximo de acontecer.
Quem garante essa possibilidade é o empresário do atleta, Neco Cirne. Ele citou as semelhanças com o caso de Nathan, mas destacou que tem se reunido constantemente com o presidente do clube, Mário Celso Petraglia, para encontrar uma solução amigável. "Estive aí semana passada e quarta-feira devemos nos encontrar novamente. Estamos tentando achar um meio-termo para que fique bom para todo mundo", explicou.
A favor do acordo pesa o fato de Guilherme ter interesse em continuar. "Quanto a isso, não tenha dúvida. A vontade dele é essa, mas ele e o pai querem uma valorização". No último encontro ente o empresário e Petraglia, o clube ofereceu uma proposta de renovação por três anos (dois já previstos no primeiro contrato), com reajustes salariais. O pai do jogador e o advogado, no entanto, optaram por aguardar a decisão da audiência desta terça.
A advogada Liselaine Marques Rosa confirmou a proposta do clube, mas preferiu deixar a decisão nas mãos do juiz Daniel Correia. "Não teve acordo. Agora vamos esperar a audiência de conclusão no dia 24 de fevereiro". O vínculo atual de Guilherme com o Atlético termina no dia 28 de fevereiro.
O caso de Guilherme x Atlético tem quase todos os ingredientes da polêmica envolvendo o meia Nathan. Ambos assinaram contratos de cinco anos com o clube, mas a legislação brasileira impede que o primeiro vínculo de um jogador profissional seja maior do que três anos. Uma cláusula no primeiro contrato, no entanto, prevê a renovação automática desde que uma das partes (clube ou jogador) manifeste interesse.
Em ambos os casos o Atlético quis renovar. Os representantes dos dois jogadores (os pais) questionaram os termos desse primeiro contrato, principalmente no que diz respeito a remuneração. Caso O Atlético não optasse pela renovação, mas sim os jogadores, o clube seria obrigado a mantê-los no grupo por mais dois anos. Esta "situação inversa" aconteceu com o atacante Tiago Adam, que quis a renovação e desde então segue funcionário do Atlético, mesmo que o clube não tenha interesse.
Nathan também aguarda a audiência de conclusão do caso, marcada para dia 26 de março. "Apesar de ser o procurador do jogador, não posso obriga-lo a assinar nada. Mas vamos conversar ainda e tentar chegar a um acordo e evitar essa última audiência", completou Cirne
Deixe sua opinião