Tricolores
Time O técnico Pintado havia dito que não pretendia fazer nenhum coletivo durante a semana. Mas não resistiu e ontem à tarde posicionou na Vila Capanema o time que deve começar jogando contra o Atlético amanhã. Contando com o retorno do zagueiro Daniel Marques, utilizou uma linha de três defensores o tempo inteiro. A dúvida ficou no meio-de-campo, setor no qual o meia Joélson atuou uma parte do treino e o volante Serginho outra.
Espera Serginho ocupou a vaga que deveria ser de Adriano, pois o titular voltou a sentir uma lesão muscular na coxa esquerda e acabou poupado. Pintado vai esperar até hoje para saber se poderá contar com o jogador.
Malandro O treinador justificou a realização do coletivo dizendo que não dá mais para o rival preparar um antídoto. "Agora só se for na base da conversa", diz.
Sócios O Paraná vai lançar hoje uma campanha de mídia divulgando seu novo plano para arregimentar sócios de arquibancada. De acordo com o clube, o torcedor que se associar poderá levar os membros da família ao estádio pagando apenas meio-ingresso. A principal vantagem é o pagamento de R$ 130 em três parcelas, ficando a primeira apenas para janeiro.
Atleticanas
Retorno O técnico Antônio Lopes ganhou mais uma opção para o clássico. O lateral-direito Jancarlos foi liberado pelo departamento médico do clube e pode ficar no banco de reservas. Nei, que atuou contra o Palmeiras, tende a ser o titular novamente. Na esquerda, Michel ainda é opção única, uma vez que Edno será utilizado somente como meia.
Plus A torcida do Atlético que comparecer à Vila Capanema pagará ingressos mais caros que os do Paraná Clube. A diretoria paranista vai cobrar R$ 40 nas entradas da Curva Norte, que terão 1500 lugares à disposição. Os ingressos para a torcida do Paraná, no setor similar do estádio, custarão R$ 20. Os atleticanos podem comprar o ingresso hoje, nas bilheterias da Arena.
Agenda A CBF alterou o horário do jogo Botafogo x Atlético, dia 7 de julho, em Brasília. A partida passou das 16 h para 18h10.
Se o "Fica, Josiel" ganhou corpo durante a semana, com os rumores de que o goleador poderia deixar o Paraná, o "Fica, Alex Mineiro" há algumas semanas garantiu a permanência do ídolo até o fim do ano no Atlético. Campanhas fruto da paixão dos torcedores, que ainda poderão ver no clássico de amanhã o choque entre os dois principais artilheiros do Brasileiro.
O gaúcho Josiel ainda está longe de construir no Tricolor uma história parecida com a de Alex no rival. Mas pelo menos o Brasileiro vem sendo marcante. Autor de sete gols , o atacante pôde medir o carinho da torcida pela enxurrada de recados recebidos via internet pedindo para que continuasse. "E eu gostaria muito de dar algo para o clube também, para retribuir a confiança", diz Josiel. O "algo" pode ser o auxílio numa boa campanha ou o dinheiro fruto de uma venda, apesar de a segunda opção frustrar a torcida.
Por enquanto, ele se concentra no clássico. "Tem esse duelo à parte com o Alex também. Estou a dois jogos sem marcar, mas ainda na liderança dos artilheiros. Ele fez uma ótima partida contra o Palmeiras marcou um gol e deu passe para outro)", lembrou o centroavante, que normalmente contabiliza uma vitória quando balança a rede. Dos dez jogos em que marcou na temporada (17 tentos no total), o time venceu oito, empatou um e perdeu um.
Enquanto o gaúcho, que não esquece as raízes nem no momento de se vestir, tenta fazer história no Tricolor, o come-quieto Alex Mineiro é o cara do Atlético. Ou a cara. Foi com ele, em 2001, que o Furacão bordou uma estrela na camisa. Em duas decisões com o Paraná, o Rubro-Negro acabou bicampeão estadual. Por tudo isso, e por ser o líder de uma equipe jovem, é que ele fez a torcida exigir da diretoria sua permanência. "Todos sabem o carinho que eu tenho pelo Atlético e tenho que reconhecer tudo o que o clube fez por mim", disse na época.
Se a identificação tem base na história, ganha força nos números atuais. No ano, o Furacão entrou em campo 39 vezes. Destas, Alex atuou em 27. Com ele foram 23 gols e 13 vitórias. Sem, apenas cinco triunfos. Números significativos que podem fazer mais peso ainda contra o Paraná, com quem Alex tem relativa sorte: jogou 13 vezes, marcou quatro gols, ganhou cinco jogos e perdeu dois.
Mas ficou o gosto amargo da última vez, a eliminação no Paranaense com a derrota por 3 a 1 na Arena. Jogo no qual Josiel não marcou seu primeiro na história do clássico, mas saiu comemorando com todo o time. Razão mais do que suficiente para o sempre pacato artilheiro rubro-negro querer descontar o prejuízo.
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