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Não é o início de campeonato com o qual Atlético e Paraná sonhavam. Em 13.º e 17.º na classificação, rubro-negros e tricolores lamentam os erros cometidos nas cinco primeiras rodadas. Porém, em meio à preocupante irregularidade, os dois times mostraram qualidades para reagir. De preferência nas próximas cinco partidas, antes do recesso para a Copa do Mundo.

No Furacão, o lado emocional e a incerteza no comando técnico têm atrapalhado. Givanildo Oliveira assumiu um time abalado pela surpreendente eliminação contra a Adap no Paranaense e não conseguiu evitar a queda diante do Volta Redonda na Copa do Brasil.

No Brasileiro, vem patinando. Depois de começar perdendo para Fluminense e Santos, a equipe ensaiou uma reação goleando o Botafogo. Mas veio nova decepção contra o Internacional e a pressão cresceu antes da vitória de domingo sobre o Santa Cruz. Surpreendentemente, o Rubro-Negro ainda não conseguiu nenhum ponto diante da torcida.

Enquanto tenta dar padrão de jogo e confiança ao time, o treinador sofre com a rejeição de parte da torcida e a instabilidade no emprego – o clube chegou a sondar possíveis substitutos, como Paulo Bonamigo, Adílson Batista, Emerson Leão e Toninho Cerezo.

"Estamos procurando a tal da regularidade", diz Givanildo, que espera uma seqüência de bons resultados para enfim dar fôlego a seu projeto. "Quero pelo menos que me deixem trabalhar", desabafou após a vitória sobre o Santa.

Apesar de estar atrás do rival na classificação, o Paraná não cogita dispensar o técnico Caio Júnior.

A visão do clube é de que uma série de detalhes, como a ausência de jogadores lesionados, erros da arbitragem e falhas nas finalizações jogaram o campeão estadual na zona de rebaixamento.

Dos titulares, ainda estão machucados os atacantes Leonardo e Zumbi e o meia Sandro. Também desfalcaram o time nas primeiras rodadas o goleiro Flávio e o meia Maicosuel. A arbitragem prejudicou sensivelmente na derrota para o Fluminense e erros nas conclusões só não ocorreram na goleada sobre o Grêmio.

Caio Júnior entende que a recuperação depende de detalhes. "Jogamos melhor no segundo tempo contra o Juventude (derrota), depois fomos superiores a Botafogo (empate), Grêmio e Fluminense. No segundo tempo com o Corinthians a equipe chegou a ser brilhante", listou o técnico, sem esconder a preocupação com o sistema ofensivo. "Talvez estejamos pagando o preço de ter perdido o Leonardo ou não ter investido num atacante", acrescentou, torcendo para o retorno do artilheiro na próxima rodada.

Perspectivas

Se Givanildo ficar até a Copa do Mundo, é porque o Atlético terá se tornado mais regular. O time tenta os primeiros pontos na Arena no jogo de sábado com o Goiás. Depois enfrenta São Caetano (fora), Juventude (casa), Cruzeiro (fora) e Palmeiras (casa).

"Temos de estar pelo menos entre os oito primeiros quando o campeonato parar. Ninguém gosta de ficar ali perto da zona de rebaixamento", analisou o goleiro Cléber. Para atingir a meta, o time precisa de no mínimo 9 pontos dos 15 em disputa antes do recesso.

O objetivo imediato do Paraná é deixar de ser um dos quatro últimos. Na semana passada, Caio Júnior disse que o ideal seriam quatro vitórias nos seis jogos restantes. Mas a tarefa ficou difícil após a derrota para o Timão e fez o técnico repensar o discurso: "É um campeonato muito complicado. Temos de ir vendo jogo a jogo."

A primeira chance de deixar a rabeira da tabela é sábado, contra o Fortaleza, no Ceará. Em seguida os adversários são Figueirense (casa), Ponte Preta (fora), Santa Cruz (casa) e Goiás (fora).

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