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Arena da Baixada: alvo de protestos | Marcelo Andrade/ Gazeta do Povo
Arena da Baixada: alvo de protestos| Foto: Marcelo Andrade/ Gazeta do Povo

Organização

Romário rebate Ronaldo

A polêmica envolvendo Romário e Ronaldo está longe de ter um fim. Ontem, o ex-atacante e deputado federal, por meio de uma carta publicada no Facebook, criticou o membro mais ilustre do Comitê Organizador Local (COL) da Copa de 2014.

Logo no começo do texto, Romário nega estar se aproveitando das manifestações populares. "Uma coisa que você [Ronaldo] não deve saber, é que uma das funções de deputado é fiscalizar, além da CBF, entidades como a que você faz parte, o Comitê Organizador Local (COL). E ninguém pode dizer que não tenho feito isso (...) Minha função não permite ações mais efetivas. Fica a cargo do Executivo dar a canetada final", disparou Romário.

A polêmica entre os dois ex-jogadores começou com a publicação de um vídeo de 2011, onde Ronaldo disse que "não se faz Copa do Mundo com hospitais".

A diretoria do Atlético divul­­gou nota oficial agradecendo a torcida organizada Os Fa­­náticos pela ação no quebra-quebra de sexta-feira contra manifestantes que foram protestar contra a organização da Copa do Mundo na frente da Arena da Baixada.

Na noite de sexta-feira, cerca de 30 membros da facção entraram em confronto com integrantes de um dos protestos que vêm tomando as ruas de Curitiba. O embate, com paus, pedras e bombas ocorreu quando a passeata se aproximou do estádio Joaquim Américo, uma das sedes do Mundial. Entre outras bandeiras, o movimento critica os gastos públicos com o evento da Fifa.

"A presença e o comporta­­mento dos Fanáticos com desprendimento, disposição e amor coibiu e protegeu o patrimônio atleticano de um ataque sem precedentes", diz a nota veiculada no site oficial do clube, sem assinatura. Integrantes da passeata, por meio das redes sociais, garantiram que o protesto seria pacífico.

A facção alega que agiu para "proteger o patrimônio do clube". Pouco antes do confronto, por telefone, o ex-vereador Julião Sobota, presidente da Fanáticos, confirmou à reportagem da Gazeta do Povo que a organizada estava lá com essa intenção.

"Nós somos o policiamento [da Arena]", declarou, referindo-se ao fato de que não havia agentes de segurança no local enquanto os manifestantes se dirigiam à praça esportiva.

A cúpula rubro-negra também contestou o debate dos protestos. "O CAP não entra no mérito das manifestações contra a Copa, porém, entende que as mesmas estão cinco anos atrasadas, pois deveriam ter acontecido em 2008, quando foram escolhidas as sedes do evento" (na verdade, a definição ocorreu em 31/5/2009).

Cerca de 40 minutos antes de a manifestação chegar ao estádio, os membros da ala atleticana já estavam nas cercanias do local. Uma foto foi publicada no Twitter em que mostrava os membros da organizada, alguns encapuzados, munidos com pedaços de madeira. Houve confusão na Aveni­­da Getúlio Vargas, com brigas, bombas, paus e pedras. A situação só foi controlada com a presença da Tropa de Choque da Polícia Militar (PM). Ninguém foi preso.

O Atlético também saiu em defesa da parceria com a prefeitura e governo do estado. "O valor investido foi realizado em títulos de potencial construtivo [que serão comprados pela iniciativa privada posteriormente] e não com a utilização de recursos advindos dos orçamentos municipal e estadual. Este valor de títulos gira em torno de R$ 123 milhões, enquanto em outros estados os investimentos em estádios ultrapassaram R$ 1 bilhão", justificou o Atlético.

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