A sensação é de dever cumprido depois do empate com o River Plate, que colocou o Atlético nas quartas-de-final da Sul-Americana. O desafio, manter a mesma mobilização mostrada na quinta-feira na partida de hoje contra o Palmeiras, às 18h10, no Parque Antártica, pelo Brasileiro.
Tarefa difícil depois que o torneio internacional se transformou na aposta para salvar a temporada rubro-negra. As diferenças se tornaram inegáveis: sonho de título na Sul-Americana e rotina de irregularidade no Nacional.
"Temos de saber diferenciar uma competição da outra, mas uma coisa precisa permanecer igual: o nosso ritmo. Se conseguirmos mantê-lo contra o Palmeiras temos tudo para fazer um grande jogo. E aí o resultado vai ser conseqüência", alertou o goleiro Cléber.
A intenção de todos no clube é aproveitar a empolgação para construir uma campanha mais sólida na reta final do Brasileiro, apesar da desgastante maratona de viagens e jogos, como deixou claro o zagueiro Danilo. "Mais motivados, podemos dar uma arrancada diante de um adversário bom como o Palmeiras. Jogamos numa equipe grande e não podemos ficar satisfeitos com essa posição intermediária no campeonato", afirmou.
O sucesso na Sul-Americana animou os jogadores até a pensar novamente na briga por uma vaga na Libertadores, que ficou distante depois dos últimos tropeços apenas dois pontos conquistados em três partidas do Nacional. Para o matemático Tristão Garcia, o Furacão tem apenas 2% de probabilidades de classificação. Segundo os cálculos dele, é melhor se preocupar com os 9% de chances de rebaixamento.
Apenas uma seqüência de vitórias nas últimas partidas poderia colocar o time na luta. "Tem aquela história: como o campeonato ainda está bastante embolado, conseguindo uma vitória fora de casa podemos até começar a pensar novamente na Libertadores...", jogou no ar Cléber, meio timidamente, sabendo que a diferença para o quinto colocado é de dez pontos para a faixa de risco da tabela é apenas quatro.
Se é de estádio cheio que o Atlético precisa para se mobilizar, o Parque Antártica terá mais de 20 mil pessoas hoje à noite. O jogo faz parte da promoção da Multinacional Nestlé, na qual se troca produtos da empresa pelo ingresso. É mais ou menos o mesmo público que viu o empate por 2 a 2 entre Atlético e River e que pressionou os argentinos do começo ao fim. A diferença é que desta vez todo a favor do adversário.
Em São Paulo
PalmeirasDiego Cavalieri; Paulo Baier, Alceu, Nen e Michael; Marcinho Guerreiro, Francis, Marcelo Costa e Juninho; Edmundo e Róger Silva. Técnico: Marcelo Vilar.
AtléticoCléber; Danilo, João Leonardo e Erandir; Jancarlos, Marcelo Silva (Alan Bahia), Cristian, Ferreira e Michel (Ivan); Marcos Aurélio e Dênis Marques.Técnico: Vadão.
Estádio: Parque Antártica. Horário: 18h10. Árbitro: Wagner Tardelli Azevedo (Fifa-RJ) Auxiliares: Aristeu Leonardo Tavares (Fifa-RJ) e José Cláudio Paranhos (RJ).
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