
Os sócios do Atlético definem hoje, entre 10 e 19 horas, os comandantes do clube para os próximos três anos. E, diferentemente de disputas passadas, a eleição tomou proporções de campanhas dignas de cargos públicos. Só faltou espaço obrigatório na tevê. De resto, aconteceu tudo. Acusações, dossiês, carreatas, comitês, telemarketing, outdoor, anúncios publicitários, e muita mobilização nas redes sociais na internet.
De um lado o CapGigante, grupo liderado pelo ex-presidente Mario Celso Petraglia, candidato ao Conselho Administrativo, que tem Antônio Carlos Bettega como postulante ao Conselho Deliberativo. Na outra ponta, Paixão pelo Furacão, o atual vice-presidente Diogo Fadel Braz e Ênio Fornéa são os pretendentes aos respectivos cargos.
Em jogo, não apenas três anos no comando, mas grandes desafios nos quase 1.100 dias de mandato, a começar pela obrigação de retornar à Série A do Brasileiro. Outro assunto que não sairá de pauta é a Copa do Mundo, mais especificamente as obras de conclusão da Arena. Petraglia já é o responsável pelo assunto, mas todo o montante financeiro cerca de R$ 180 milhões envolve diretamente o futuro mandatário.
Apesar de ser uma eleição para um time de futebol, o tamanho é comparável ao de muitas cidades. O colégio eleitoral atleticano é superior ao de 233 municípios paranaenses o estado tem 399. Ao todo são 8.283 votos possíveis, sendo 7.688 votantes. Essa diferença se deve ao sistema proporcional, no qual é levado em conta o número de cadeiras na Arena.
"É uma eleição de grande porte e a presença de tantos associados só engrandece o clube. Isso tudo nos moldes de uma eleição para um cargo público", comentou o presidente da Junta Eleitoral do Furacão, João Luiz Rego Barros.
Com essa dimensão, as chapas não pouparam esforços, inclusive financeiros, para angariar o maior número de votos. Porém uma estratégia fortemente utilizada pelos dois lados não custou nada: a internet. A rede mundial, aliás, foi o epicentro das campanhas.
Sites, vídeos, depoimentos, fóruns de discussão, Twitter e Facebook. Foi nesse pacote todo, uma espécie de boca a boca virtual, que se concentrou a divulgação dos candidatos e, principalmente, a troca de farpas entre as chapas e entre os eleitores.
O canal preferido foi o Twitter, que proporcionou um duelo à parte durante a campanha. Até o fechamento desta edição, o CapGigante contava com 1.509 seguidores no microblog, enquanto a Paixão pelo Furacão tinha 1.363. Os números somados são equivalentes a 35% do total de votos possíveis (8.283).
O duelo cibernético, porém, será resumido no bom e velho papel e caneta. Nada de urna eletrônica o Atlético até tentou, mas o Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) não emprestou. Assim como a apuração na clássica contagem das cédulas, com previsão de divulgação dos resultados às 21h30.
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