São poucos os jogadores que ganham a confiança da torcida em tão pouco tempo como o atacante Adaílton. Ele precisou de pouco mais de 350 minutos em campo para mostrar aos atleticanos que pode ser o artilheiro tão esperado.
Enquanto Lucas não reencontra seu melhor futebol e Nieto visita constantemente o departamento médico, o jogador saiu na frente nessa briga, aproveitou as oportunidades e tem sido decisivo para o Atlético.
Na quarta-feira, pelas oitavas de final da Copa do Brasil, foi fundamental na goleada de 5 a 0 sobre o Bahia. Sofreu as faltas dos dois primeiros gols, além do pênalti convertido por Paulo Baier. Não bastasse, ainda deixou sua marca para fechar o placar.
Desde quando desembarcou em Curitiba, emprestado do Vitória até o final do ano, o baiano de 20 anos não ficou de fora de nenhuma partida do Rubro-Negro, estreando inclusive um dia após a apresentação oficial. Nos quatro primeiros jogos só entrou na etapa final, mas definiu o placar contra o Cascavel e deu a vitória quase nos acréscimos no clássico diante do Paraná, na Vila.
Enquanto os atleticanos comemoram o bom momento de Adaílton, as torcidas do Fortaleza e do Vitória não sentem muita falta do jogador. Nas duas temporadas que defendeu o time cearense (2008 e 2009), só balançou as redes seis vezes em 25 jogos. Já no clube baiano (2010 e 2011), foi levemente mais eficiente, marcando oito gols em 32 partidas.
Os números no Atlético são bastante superiores aos alcançados no Nordeste. Para sair comemorando, o baiano precisa de 70 minutos por jogo. A média já é maior que a de Guerrón, Lucas e Madson. Somente Nieto é mais eficiente, porém não consegue vencer as constantes lesões. Em relação ao artilheiro da temporada, Paulo Baier, a média é idêntica: 0,63 gol por jogo.
Os números e as apresentações têm agradado também à diretoria atleticana, que comemora ter acertado na contratação do atleta, mesmo não sendo considerada de "peso". "Ele não é tão falado e chegou quietinho. Estamos observando [o Adaílton] há tempos e sabíamos que tinha condições, tanto que já havíamos tentado trazê-lo no ano passado", diz o diretor de futebol, Valmor Zimmermann.
Mesmo tendo encontrado a peça que faltava no setor ofensivo, o Atlético segue buscando outro atacante para o Campeonato Brasileiro. "Tem de ser o atacante, que venha para resolver", promete Zimmermann.
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