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 | Hugo Harada/ Gazeta do Povo
| Foto: Hugo Harada/ Gazeta do Povo

Público discreto apoia o Furacão em Paranaguá

Tudo conspirava contra uma presença significativa de torcedores na partida diante do Ipatinga na noite de ontem em Paranaguá. Em plena terça-feira e a quase 100 quilômetros de distância da capital paranaense, o mau momento atleticano na Segunda Divisão resultou mesmo no pior público do Atlético como mandante nesta temporada. Apenas 1.305 pessoas pagaram para ver a vitória rubro-negra – o recorde negativo anterior era de 1.438 pagantes no embate com o Paranavaí, na Vila Capanema, pelo Paranaense.

Apesar disso, o pedido de paciência que o técnico Jorginho e os jogadores fizeram na véspera do jogo surtiu efeito. A má fase no campeonato não ganhou corpo na arquibancada, que preferiu o caminho do incentivo e não voltou a vaiar os jogadores durante o confronto, a não ser em alguns lances do jogo, pegando no pé especialmente do atacante Fernandão e do lateral-esquerdo Bruno Costa. Além disso, as cobranças direcionadas à diretoria, com pedidos de jogadores e gritos de "vergonha", não se repetiram como havia ocorrido nas duas partidas realizadas no Litoral.

Não havia oportunidade me­­lhor para o Atlético deixar a zona de rebaixamento e iniciar a recuperação na Se­­gundona do que um confronto diante do vice-lanterna da competição, dentro de casa. E essa oportunidade foi aproveitada, mesmo que com bastante dificuldade, em mais uma atuação pouco convincente no Gigante do Itiberê, em Paranaguá. Depois de cinco partidas sem vencer, o Furacão bateu o Ipatinga por 1 a 0.

A vitória no jogo válido pela segunda rodada – o embate foi adiado devido às quartas de final da Copa do Brasil –, alavancou o time comandado por Jorginho na classificação da Série B. Da zona da degola, na 17.ª colocação, o Rubro-Negro subiu cinco postos e dormiu na 12.ª posição, com 11 pontos somados. Se vencer o ABC-RN no sábado, novamente no Litoral, poderá fechar a 10.ª rodada entre os oito primeiros colocados.

O fim do jejum foi praticamente um achado em um jogo muito fraco tecnicamente. Em uma das raras oca­­siões de perigo, ainda no começo do jogo, aos 9 minutos, Paulo Baier aproveitou uma bola rebatida pelo goleiro mineiro depois de um chute de Ricardinho pa­­ra abrir o placar. Foi só isso o que aconteceu na partida, sem que os arqueiros fossem exigidos.

O técnico Jorginho reconheceu que faltou qualidade, destacou o espírito de luta dos jogadores nesse momento conturbado, mas não deixou de fazer cobranças. "Eles tiveram luta e dedicação e estão de parabéns por isso. Foi uma prova de que têm condições de vencer. Mas eles sabem que têm de melhorar. Não podemos ficar contentes só por isso", comentou.

O zagueiro Luiz Alberto exaltou o resultado positivo e a vontade da equipe, mas também ressaltou a necessidade de evolução. "Sabemos que a situação é delicada e por isso o espírito de Série B tem que ser esse de hoje, mas podemos melhorar um pouquinho", disse o zagueiro Luiz Alberto.

Até pela atuação ainda abaixo da média, o meia Paulo Baier destacou exclusivamente a vitória e o que ela poderá significar para o restante do campeonato. A palavra de ordem agora é "tranquilidade". "Voltar a vencer passa confiança, principalmente depois de alguns jogos sem a vitória. Agora vai dar tranquilidade para trabalharmos", comentou o autor do único gol.

O jogo

O Atlético começou melhor e fez o gol logo no começo com Paulo Baier, de cabeça. Depois, o Ipatinga equilibrou e a partida ficou concentrada no meio de campo. Na etapa final, faltou futebol. Nem o Furacão nem o time mineiro ofereceram perigo.

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